Será com base em erros de outras cidades que Porto Alegre irá construir com êxito o seu metrô. Esta é a análise do prefeito José Fortunati, que concedeu entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, na tarde desta segunda-feira, dois dias após o anúncio da obra, feito pela presidente Dilma Rousseff.
“Estudamos erros de Salvador, Recife, Belo Horizonte e da linha 4 do metrô de São Paulo”, salientou o prefeito. “A partir das experiências, buscamos indicativos para que o metrô de Porto Alegre possa acontecer sem os mesmos percalços”, concluiu ele, lembrando que ao longo da obra haverá imprevistos “em razão da complexidade” do projeto.
Além dos estudos dos casos que deram errado, uma nova oportunidade de pesquisa sobre o metrô na Capital será aberta ao longo dos próximos três meses. “Estaremos abrindo mais um estudo. Prefiro perder mais 90 dias, mas ter mais segurança”, afirmou ele, que citou o exemplo de Salvador para justificar: “Lá o processo foi atropelado e acabou sendo mal feito. A vantagem que temos é que estamos discutindo há bastante tempo”, ressaltou. “Hoje estamos muito mais preparados do que estava Salvador.”
A prefeitura deve lançar a licitação do projeto no início de 2014, meses antes do início previsto das obras. A conclusão deve ocorrer em 2019.
Metrô marca nova etapa de mobilidade na zona norte
Fortunati destacou que a Capital construirá o metrô com o método de escavação subterrânea, conhecido como “tatuzão”, o que evitará uma série de transtornos. “(O outro método) acabaria trancando a cidade. Abrindo a Farrapos e a Assis Brasil acabaria obstaculizando a mobilidade urbana, que já é difícil na zona Norte”, disse.
O prefeito rebateu críticos ao percurso da linha do metrô. “Será que alguma vez eles pegaram o ônibus e foram até a estação triângulo? Alguns tentam que diminuir o impacto deste projeto. Tenho consciência que vai marcar uma nova etapa da mobilidade urbana na zona Norte.”
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