Daniel Carvalho, 26, queria fotografar a rotina dessas pessoas, destacando suas superações e dificuldades. Porém, o fotógrafo percebeu que isso não seria possível, pois os cadeirantes não conseguiam utilizar o transporte público nos horários de pico e, então, o projeto “Caos Subterrâneo” ganhou novos personagens.
“Eu cheguei a encontrar um cadeirante, um professor, que tinha que sair com duas horas de antecedência para o trabalho para conseguir entrar no Metrô com tranquilidade, pois no horário de pico, não conseguia. Mas como o meu trabalho era no horário de maior movimento, acabei alterando o foco para a superlotação”, conta Daniel. Seu projeto era o trabalho de conclusão do curso de Fotógrafos Populares, do programa “Imagens do Povo” na Maré.
As fotografias foram feitas durante cinco meses, no segundo semestre de 2012, nas linhas 1 e 2 e, vão desde pessoas dormindo no trem até as a imagens de plataformas superlotadas. “Escolhi fotografar o metrô por ser usuário. Moro na Tijuca, na linha 1, mas me desloco para a linha 2. E registrei alguns dos problemas”, disse o fotografo que chegou a ser levado para a sala de segurança por fotografar sem autorização. Para ver o trabalho acesse o Flickr do projeto “Caos Subterrâneo”.
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