O transporte de passageiros por trilhos, como solução para amenizar o caos da mobilidade urbana das grandes capitais e regiões metropolitanas, foi tema de discussão entre os representantes das cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 e, no caso do Rio de Janeiro, também as Olimpíadas de 2016, durante a 19ª edição da Semana de Tecnologia Metroferroviária, promovida pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp).
No Rio de Janeiro, as obras da linha 4 - Amarela do metrô, que liga a Barra da Tijuca a Ipanema e a zona norte, vão reforçar a participação dos trilhos no transporte de passageiros, atualmente dominado pelos ônibus. A construção da linha 4 é a principal obra sobre trilhos para as Olimpíadas de 2016, fechando um arco que vai ligar a zona oeste à zona norte sem que os passageiros tenham que mudar de trem.
O túnel duplo em fase final de construção entre a Barra da Tijuca e São Conrado terá 5 km, constituindo o maior trecho sem estações na comparação com metrôs de todo mundo, segundo afirmou Robson Vieira, subsecretário da Casa Civil do governo do estado do Rio de Janeiro e responsável pelas obras da Copa e Olimpíadas no estado. A linha 4 terá 16 km, seis estações e vai operar com quinze composições transportando 300 mil passageiros por dia.
Em Fortaleza, também está em construção a linha Leste de metrô, com 13,2 km de extensão, dos quais 11,9 km serão subterrâneos, ligando o porto de Mucuripe a Parangaba. A linha terá 13 estações e quatro trens em operação, segundo anunciou Rômulo dos Santos Fortes, presidente do Metrô de Fortaleza (Metrofor). Ele informou ainda que as obras estão sendo feitas com recursos do estado, mas as operações deverão ter participação privada.
Segundo Fortes, a construção da linha está sendo realizada com “tatuzões” (equipamentos de escavação) próprios e não alugados, o que assegura a continuidade das obras. As quatro máquinas custaram R$ 128 milhões, em um orçamento total de R$ 3,4 bilhões. Outra obra em construção na cidade é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
O superintendente de Desenvolvimento e Expansão do Trensurb de Porto Alegre (RS), Ernane Fagundes, apresentou o Aeromóvel – veículo impulsionado por ventilação forçada – que entrou em operação recentemente na capital gaúcha. A tecnologia exigiu investimentos de R$ 38 milhões e dois anos de construção de uma via elevada de 1,4 quilômetro de extensão. Ainda em fase inicial, o sistema opera com apenas um veículo para 150 passageiros. De acordo com o superintendente, o próximo trem do sistema terá capacidade para 300 passageiros por viagem.
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