Prefeitura de Natal atrasa mobilidade e valor das obras salta a quase R$ 40 mi

Projetos para a Copa (cinco túneis e seis viadutos) custavam R$ 180 milhões em 2009; hoje chegam a R$ 222 milhões

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Fonte: Portal JH  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 20 de setembro de 2013

Viaduto estaiado projetado para perto da arena da

Viaduto estaiado projetado para perto da arena da Copa

créditos: Divulgação/ Prefeitura de Natal

 

A demora da Prefeitura  de Natal (RN) em dar andamento às obras de mobilidade urbana previstas com a realização da Copa do Mundo de 2014 na capital potiguar fez o preço dos projetos saltar em quase R$ 40 milhões. A revelação foi feita ontem (19) pela própria secretária municipal de Planejamento, Virgínia Ferreira.

 

A auxiliar do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) explicou que, caso tivessem sido iniciadas em dezembro de 2009, quando foram autorizadas pelo governo federal, ainda no primeiro ano da gestão da ex-prefeita Micarla de Sousa, os projetos custariam “apenas” R$ 180 milhões.

 

Com o passar do tempo e a atualização monetária comum, sem contar o aumento dos valores de índices da construção civil, o município precisará desembolsar cerca de R$ 222 milhões, conforme previsto no processo licitatório das obras. O objetivo é construir cinco túneis e seis viadutos nos arredores da Arena das Dunas, estádio que receberá as partidas do mundial de futebol. “Quanto mais adia o projeto, maior é o reajuste e se paga ainda mais caro pela obra”, disse Virgínia em entrevista concedida a 96 FM na manhã desta quinta-feira (19).

 

É para conseguir agilizar essas obras e diminuir o tamanho do prejuízo que a Prefeitura encaminhou para a Câmara Municipal projeto de empréstimo financeiro junto à Caixa Econômica Federal. O objetivo é garantir recursos suficientes para pagar a contrapartida dos projetos o quanto antes. A meta do governo federal é concluir todas as obras nas cidades-sedes da Copa até a data limite de 10 de maio de 2014.

 

Problema semelhante ocorreu com as obras de esgotamento sanitário dos bairros de Capim Macio e de Nossa Senhora da Apresentação, zonas Sul e Norte da cidade respectivamente. Paralisadas desde a antiga gestão do atual prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), encerrada em 2008, o projeto deverá duplicar de preço.

 

O aumento no custo tem uma explicação lógica. Se tivesse concluído o projeto no prazo inicial, a Prefeitura não precisaria pagar os valores de reajustes tarifários atualizados mensalmente pelas instituições financeiras. Hoje, Natal também precisará pagar mais caro devido aos novos preços da construção civil, por exemplo.

 

“Há o reajuste normal e também a questão dos equipamentos danificados pelo tempo, enferrujados pela falta de uso. Então nós vamos retomar a obra, que já havia passado de 50% nos dois bairros e, para isso, será preciso de ‘dinheiro novo’. Demoraram demais para concluir e precisaremos colocar muito mais recursos agora”, disse Virgínia.

 

 

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