São Paulo e Rio de Janeiro concentram 90% de metrôs no Brasil

São Paulo e Rio de Janeiro concentram 90% do transporte de metrô e trens urbanos do país, o que indica a necessidade de expansão desses sistemas para outras regiões

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Fonte: EFE  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 16 de setembro de 2013

Os sistemas devem ser vinculados à

Os sistemas devem ser vinculados à "mobilidade"

créditos: Divulgação

 

São Paulo e Rio de Janeiro concentram 90% do transporte de metrô e trens urbanos do país, o que indica a necessidade urgente de expansão desses sistemas para outras regiões, avaliaram quinta-feira passada (12) analistas que participam até amanhã em São Paulo de um evento do setor.

 

"Essa realidade interfere no desenvolvimento das políticas integradas de transporte", disse à Agência Efe José Geraldo Baião, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô (Aeamesp), que participa da 19ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, no centro de convenções Frei Caneca.

 

Os sistemas de metrô e trens urbanos devem ser vistos no Brasil vinculadOs à "mobilidade" e não como uma questão de infraestrutura. "O governo estimula muito o transporte individual através de incentivos à indústria automotiva, por exemplo, e não cumpre com o discurso de prioridade do transporte público", indicou Baião.

 

Depois dos escândalos de corrupção nas licitações das obras do metrô em São Paulo, o atual debate preocupa o setor porque mais de 7,5 milhões de pessoas se movimentam diariamente em São Paulo por esse meio de transporte.

 

Estabelecer e cumprir um "plano diretor" para cada linha do metrô é um dos principais desafios do sistema de metrô e trens em São Paulo até 2015, quando as cidades brasileiras devem se adequar a Lei de Mobilidade Urbana, apontaram os especialistas.

 

A ideia de um novo sistema de transporte para um maior número de passageiros, operando em longas distâncias, é outras das necessidades brasileiras, e já está em estudo a construção de uma linha de alta velocidade que ligue São Paulo e Rio de Janeiro.

 

"Infelizmente, o transporte no Brasil não é visto como eixo das políticas públicas, mas como fonte de lucro na gestão pública", criticou o professor e analista de políticas públicas de transporte, Sergio Gadini.

 

O especialista citou como exemplos os projetos de menor custo e com impacto ambiental mais reduzido existentes em outros países, como o monotrilho e os veículo leve sobre trilhos.

 

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