O Consórcio VLT Cuiabá terá que executar, até março de 2014, mais do que foi realizado em um ano para implantar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na capital e em Várzea Grande dentro do prazo de entrega. Até julho deste ano, haviam sido feitos 37,98% da obra, conforme relatório técnico divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
O levantamento aponta que a construção avançou 2,5 pontos percentuais em relação à medição feita pelo TCE-MT em junho. O atraso, de acordo com o relatório, está entre 180 e 201 dias. A expectativa era de que 68,99% estivessem prontos.
O custo da obra, que começou a ser feita no dia 21 de junho de 2012, é de R$ 1,477 bilhão. Desse total, R$ 423 milhões são de contrato do governo de Mato Grosso com a Caixa Econômica Federal e R$ 727,9 milhões são de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). A contrapartida do estado será de R$ 110 milhões.
O titular da Secretaria Extraordinária da Copa, Maurício Guimarães, afirma que não haverá atrasos. “É perfeitamente factível que vai ficar pronto dentro do prazo, em função do que foi realizado até agora. As ações executadas até agora geraram muito valor agregado, como projeto e licenciamentos ambientais, além do pagamento do material rodante”, declarou.
Os Q-tracks, equipamentos que compõem o sistema de instalação dos trilhos, começaram a chegar no mês passado. De acordo com a Secopa, os trilhos e 12 dos 40 veículos do VLT estão em trânsito, a caminho de Cuiabá.
VLT terá dois eixos em Cuiabá e Várzea Grande
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“E, na semana que vem, vamos dar início ao canal da Prainha, uma obra simples que deve ter duração de quatro meses”, acrescentou.
O trajeto do VLT será dividido nos eixos Aeroporto-CPA e Coxipó-Centro. Os trilhos serão implantados nos canteiros centrais das avenidas da FEB, 15 de Novembro, Prainha, Historiador Rubens de Mendonça, Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.
A tarifa do transporte ainda não foi definida. Em agosto, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) contratou a empresa Oficina – Engenheiros e Consultores Associados Ltda para fazer a planilha de custos da operação do VLT e da passagem. O prazo para apresentar o estudo é de 90 dias.
“O contrato tem que ser cumprido. E até agora, o consórcio não sustentou que não vai cumprir”, finalizou Guimarães.
O Consórcio VLT-Cuiabá é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda e Astep Engenharia Ltda.
Aeroporto-CPA
No trajeto de 15 km de extensão, haverá dois terminais de integração e 22 estações. No percurso, serão ainda construídos o viaduto do aeroporto, trincheiras Km Zero, Cristo Rei, Trigo Loureiro e Luiz Fellipe, ponte sobre o rio Cuiabá e viaduto Sefaz. Para implantar o VLT, o Consórcio VLT-Cuiabá também vai reestruturar o canal da Prainha.
Coxipó-Centro
Nos 7,2 km de eixo, haverá um terminal de integração, 11 estações de transbordo, os viadutos Trevo MT-040, Beira Rio, Trevo UFMT, e as pontes sobre o rio Coxipó – Montante e Jusante.
Obras de arte
Os viadutos da Sefaz, UFMT e MT-040, em Cuiabá, e o do aeroporto, em Várzea Grande, estão em fase final de execução, segundo a Secopa. Também estão em construção as duas pontes sobre o Rio Coxipó, a ponte sobre o rio Cuiabá, as trincheiras Luiz Felipe e a do Km Zero, e o viaduto da Beira Rio. A trincheira Trigo de Loureiro, no entanto, ainda não foi iniciada.
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