Você não está no trânsito, você é o trânsito

Histórias de pessoas que cansaram de ser o trânsito e mudaram seu meio de transporte. Veja mais no site Sustentabilidade Allianz

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Fonte: Sustentabilidade Allianz  |  Autor: Camila Hungria  |  Postado em: 04 de setembro de 2013

Histórias de pessoas que cansaram de ser o trânsi

Congestionamento em Beijing, China

créditos: Reuters

 

Mobilidade é atualmente uma das principais preocupações e fontes de dores de cabeça de quem vive nas grandes cidades. Longas distâncias, desgaste físico e, principalmente, o estresse causado pelos engarrafamentos tornaram-se motivos mais do que suficientes para que cada vez mais pessoas optem por outros meios de transporte que não os veículos individuais. 

 

Recente artigo publicado pelo jornal "The New York Times" aborda a questão do crescente desinteresse dos jovens por carros, o que tem preocupado as montadoras. De acordo com pesquisas da General Motors, a geração entre 18 e 24 está valorizando mais ter qualidade de vida do que investir na compra de um carro próprio. 

 

Renata Prudente, de 21 anos, encaixa-se no perfil descrito acima. Bicicleteira assumida, conta que seus pais queriam presenteá-la com um carro quando entrou na faculdade, aos 19, mas ela não quis. “Eu ando de bicicleta pela cidade. Gosto da liberdade que a bike me dá. Não preciso me preocupar com estacionar o carro ou fugir do trânsito. Além disso, andar de bicicleta é mais saudável. Quando preciso sair de carro por algum motivo específico, posso combinar com meus pais de usar o carro deles”, explica a jovem.   

 

A jornalista paulistana Mariana Portiz, de 36 anos, também optou por não andar de carro. Mas para ela o motivo foi outro. Mariana dirige desde os 18 anos, quando tirou carta e ganhou seu primeiro automóvel, mas uma briga de trânsito há alguns anos fez com que ela repensasse como estava se comportando em sociedade e buscasse novos caminhos: 

“O trânsito sempre me irritou muito. E eu sempre peguei muito trânsito porque trabalhava longe de casa. Até que, certo dia, voltando do trabalho e atrasada para um compromisso, levei uma fechada. Saí do carro e bati boca com o outro motorista, e ele comigo. Foi uma baixaria, e depois eu só conseguia me arrepender. Estava mais nervosa, estressada e triste do que nunca”.  

 

A saída encontrada para lidar com o estresse causado pelos longos engarrafamentos enfrentados diariamente foi abandonar o carro. “Aos poucos, consegui me organizar para trabalhar de casa. O bairro onde moro é ótimo, tem tudo perto. Assim, consigo fazer 90% das minhas obrigações e atividades a pé”.  

 

Dois anos depois, Mariana está mais saudável, caminha diariamente, não sofre mais de estresse. Vendeu seu carro e, aos finais de semana, anda de táxi ou carona. “Evitar esse tipo de aborrecimento para mim é importante e por essa razão investi nisso. Hoje, não contribuo mais para o trânsito caótico, não perco tempo com engarrafamentos e sou mais feliz e tranquila”, finaliza. 

 

O publicitário João Pedro Menezes, 27 anos, decidiu deixar o carro na garagem antes de ter uma crise de estresse. Passou a se locomover de metrô para ir e voltar do trabalho. “Em determinado momento, percebi que o que mais me atrapalhava era a minha preguiça de sair de casa e o preconceito com o transporte público”, conta ele, que, andando de metrô, economiza todos os dias cerca de 40 minutos para ir e para voltar do trabalho.  

 

Além do tempo economizado, João também diz que a opção pelo transporte coletivo resultou em economia para ele, que não gasta mais tanto com gasolina. “Deixei o carro para usar em dias de chuva, quando preciso carregar coisas ou quando tenho algum compromisso após o expediente”, conta. 

 

O caso do executivo de TI Rafael Junqueira, 29 anos, ilustra bem uma nova postura frente à mobilidade. Ele optou por mudar-se para um endereço bem próximo ao de seu emprego, e não leva mais do que 5 minutos para chegar ao trabalho: “Como eu gastava 3 horas por dia nos deslocamentos, ou 72 horas por mês, percebi que a cada mês eu perdia mais que um final de semana, uma insanidade. Não compensa nem física nem financeiramente”. E ele acrescenta: “Hoje eu chego mais disposto no trabalho, rendo mais e, na hora de voltar, é só alegria, e não mais um tormento”.

 

Mais informações no site Sustentabilidade Allianz

 

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