Moradores do Morro da Providência, na zona portuária do Rio de Janeiro, estão a espera de uma promessa feita há mais de um ano: a instalação de um teleférico na comunidade, que é ocupada pela Polícia Militar.
Um ano e meio depois do início das obras, o equipamento, que visa beneficiar mais de 4,8 mil habitantes, até esta sexta-feira (30) não operava - por falta de gôndolas, como mostrou o telejornal da TV Globo (RJTV).
As obras, que começaram em março de 2012, fazem parte do programa Morar Carioca, que destinou R$ 163 milhões em investimentos para a região. Desses, R$ 75 milhões são apenas para a construção do teleférico.
Ao longo de 721 m e três estações, 16 gôndolas com capacidade para 10 passageiros, cada, vão ligar a Central do Brasil ao Morro da Providência e à Cidade do Samba. A previsão é que mil pessoas sejam transportadas por hora em cada sentido.
Só testes
O primeiro teste mecânico na estrutura foi realizado em dezembro do ano passado. O sistema conta com 17 postes, sendo nove metálicos e oito de concreto. O sistema funcionou por três meses sem tripulação até receber o teste com pessoas em abril, para verificar os sistemas elétrico, mecânico e hidráulico, além de freios e sensores.
A previsão era de que os testes fossem feitos durante todo o mês de maio para ser, finalmente, aberto. As gôndolas, porém, foram retiradas e os moradores ficaram sem saber quando o sistema volta a funcionar.
A Prefeitura do Rio admitiu o atraso e informou que cinco moradores entraram na Justiça, o que fez a obra ficar embargada. O órgão recorreu, reiniciou as obras e aguarda a realização de uma licitação para escolher a empresa que vai administrar o transporte.
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