Moradores reclamam das condições das calçadas do Rio de Janeiro

Muitas pedras portuguesas estão soltas e os buracos são frequentes. Responsabilidade das calçadas é compartilhada, diz secretário

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Fonte: G1 Rio  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 14 de agosto de 2013

Até junho foram aplicadas mais de 11 mil notificaç

Até junho foram aplicadas mais de 11 mil notificações

créditos: O Globo

 

Andar pelas calçadas de pedras portuguesas em Copacabana, na Zona Sul do Rio, é uma espécie de corrida com obstáculos. Idosos e pessoas com problemas físicos são os que mais sofrem. Para os turistas, o que fica é uma imagem de abandono.


Como mostrou o Bom Dia Rio nesta quarta-feira (14), as pedras portuguesas são a marca registrada do Rio, mas muitas delas estão soltas. O acompanhante de idosos, Bruno Malheiros, disse que precisar tomar cuidado para não passar com a cadeira de rodas pelos buracos.


“Tem que desviar, é complicado. A gente tem que se virar nos 30, como se diz aí”, afirmou Bruno Malheiros, acompanhante idosos.


Dona Maristela, por exemplo, tem artrose nos joelhos, anda com dificuldade e as calçadas não ajudam. “Eu vou desviando para não dar baque no meu joelho. Eu vou andando olhando para o chão”, contou a aposentada Maristela Barbosa.


Os pedestres tentam desviar dos buracos, mas nem sempre é possível. Na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, houve uma obra. Segundo moradores, o trabalho terminou há 15 dias, mas as pedras não foram repostas.


Turista também reclama
Moradores dizem que a Cedae é a responsável pela obra e precisa consertar a calçada. O buraco fica em frente ao prédio onde mora dona Rita. Passar por aqui ficou ainda mais difícil para ela.


“É muito difícil mesmo, as ruas todas do Rio de Janeiro estão com problema. Totalmente complicado a situação de bengala, imagina para os outros mais deficientes, com mais problemas de locomoção. É muito difícil realmente”, afirmou a jornalista Rita Maria Cunha.


O paraguaio Raul é um turista fiel e está no Rio sempre que pode. Para ele, a manutenção das calçadas piorou nos últimos anos.


“Faz muito tempo que eu passei pela primeira vez aqui no Brasil e tudo estava aí. Agora tem tantos buracos que você tem que prestar atenção para não cair na rua. É muito perigoso e não dá boa impressão”, relatou o turista Raul Tuma.


A produção do Bom Dia Rio pediu à Cedae uma resposta sobre o buraco aberto na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, que os moradores afirmam ter sido aberto pela empresa, mas não obteve retorno.


Responsabilidade por calçadas é compartilhada
A responsabilidade das calçadas portuguesas no Rio é compartilhada; se for em uma área pública, como uma praça, quem cuida da conservação é a Prefeitura. Se a calçada estiver em frente a um comércio, empresa ou condomínio é o proprietário que tem a responsabilidade da calçada, mas o dever de fiscalizar é da Prefeitura. A cidade tem 1,2 milhão de metros quadrados deste tipo calçamento.


Segundo secretário municipal de Conservação, Marcus Belchior, a Prefeitura cumpre a sua parte, fiscalizando e informando ao cidadão as exigências para o cumprimento das normas. “Até junho deste ano a Prefeitura aplicou mais de 11 mil notificações. É importante dizer um número interessante; das 11 mil notificações, 70% foram cumpridas. A Prefeitura está fazendo a sua parte e ainda tem muito a avançar”, afirmou Belchior.


Marcus Belchior afirmou ainda que em Copacabana há um grupo de profissionais que cuidam das calçadas do bairro. “A calçada pública em Copacabana, o calçadão de Copacabana, nós temos os calceteiros, que é um grupo específico para tomar conta daquele ambiente, que é um espaço cultural, tombado. As outras calçadas nós temos que ver se pertence ao proprietário ou se está na frente de um órgão municipal”, disse o secretário municipal de Conservação.

 

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