Movimento Passe Livre debate transporte público em Salvador

Manifestantes exigem redução da tarifa e passe livre para estudantes nos ônibus da Região Metropolitana de Salvador

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Fonte: Portal A Tarde  |  Autor: Rita Conrado  |  Postado em: 13 de agosto de 2013

MPL em audiência pública na Assembleia Legislativa

MPL em audiência na Assembleia Legislativa da Bahia

créditos: Fernando Amorim

 

Apesar de se antecipar ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), na iniciativa de dialogar com os integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) nesta sexta-feira (9), o governador Jaques Wagner (PT) terá dificuldade em convencer os manifestantes que o volume de investimentos feitos pelo governo estadual deve ser a participação do governo estadual na busca de solução para a mobilidade urbana em Salvador e para atender outros pontos da pauta de reivindicações do movimento, que ocupa a Câmara de Salvador há 18 dias.

 

Isso é o que faz prever a audiência pública realizada nesta quinta (8) na Assembleia Legislativa do Estado. Para integrantes do MPL, a explanação feita pelo presidente da Conder, José Lúcio Machado, sobre os investimentos feitos na área pelo governo estadual, da ordem de R$ 7,5 bilhões, não são suficientes para encerrar a participação do estado nesse processo.

 

Os manifestantes exigem a redução da tarifa e passe livre para estudantes nos ônibus da Região Metropolitana de Salvador, a formação de uma comissão para debater mobilidade urbana em todos os municípios e mudanças nos projetos estruturantes apresentados pela Conder.

 

"São projetos que priorizam o transporte privado, deixando o transporte público, ciclistas pedestres em segundo plano", dizem integrantes do MPL.

 

"Queremos que o Wagner de 2013 seja igual ao Wagner sindicalista de 1985, que conseguiu tarifa zero para os trabalhadores do Polo Petroquímico", ressaltam. "O governo do estado regula alguns ônibus que circulam em Salvador", observam.

 

O MPL também criticou a postura dos parlamentares. "A oposição sequer apareceu. A bancada de governo veio e falou, mas não ouviu. Todos deixaram o auditório", ressaltou um deles, que preferiu não se identificar, para evitar se colocar na condição de porta-voz do grupo, que adota a ideia de horizontalidade num coletivo sem lideranças.    

 

Argumentação

O MPL levará argumentos a Wagner. "Com redução de impostos, baixar o preço da passagem na RMS depende só de vontade política", disse Bruno D´Ávila. "No Rio Grande do Sul, o passe livre tem impacto de R$ 12 milhões/ano, que é 5% do custo do viaduto do Imbuí", observou. "Manter a bilhetagem para cobrar a tarifa de R$ 0,50 nos trens do subúrbio fica mais caro que colocar a tarifa zero", diz.

 

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