O contrato para compra das 15 composições que percorrerão o novo trecho ainda não foi assinado, e o “tatuzão” sequer começou a operar. Isto é o que revela nesta reportagem o jornal O Globo.
A expansão do metrô para a Barra pode ser concluída a tempo, mas a efetiva operação do sistema é uma incógnita. Na avaliação do engenheiro Fernando Mac Dowell, ex-presidente do Metrô (atual Rio Trilhos), postergar a encomenda dos trens é correr riscos:
“Não existe trem de metrô na prateleira para vender. Ele precisa ser fabricado. Os nossos trens têm bitola (distância entre os trilhos) de 1,60m, quando na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, se usa 1,435m. Além disso, o vão das nossas portas é de 1,90m, enquanto na grande maioria dos outros países é de 1,40m”.
As composições da Linha 4 devem ser fabricadas pela empresa chinesa Changchun Railway Vehicles Co. E a experiência com a compra dos 19 últimos trens para as linhas 1 e 2, do mesmo fabricante, mostra que o prazo entre a formalização do pedido e a entrada em operação dos trens é longo. Especialmente no caso da primeira unidade do lote, que precisa ser testada com mais rigor.
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