SP troca vagas de carros por "zonas verdes"

Intervenções acontecem na próxima semana em duas ruas da capital paulista e durante a Bienal de Arquitetura

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Fonte: Mobilidade Verde  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 07 de agosto de 2013

Uma pracinha em lugar do carro

Zona Verde: uma pracinha em lugar do carro

créditos: Mobilidade Verde

 

A partir de segunda-feira (12) os paulistanos poderão experimentar usos alternativos para espaços públicos normalmente utilizados como estacionamentos de carros. As chamadas "zonas verdes" são faixas do asfalto que serão isoladas e ocupadas com jardins, praças, praias, cafés, palcos artísticos e outros usos criativos.
 

A iniciativa é do Instituto Mobilidade Verde, do grupo Design Ok e do movimento Gentilezas Urbanas do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), com apoio dos escritórios de arquitetura Zoom e H2C
 

O objetivo, explica Lincoln Paiva, diretor do Mobilidade Verde, é promover o diálogo com a sociedade sobre as possibilidades de ocupação dos espaços públicos e o uso do solo urbano com equidade entre pedestres e veículos. As "Zonas Verdes”, explica Paiva, foram inspiradas nos "parklets" criados em São Francisco (EUA), e surgem como forma de converter o espaço de estacionamento de automóvel na via pública em área recreativa temporária. A proposta inclui a instalação de áreas de lazer e convívio entre as pessoas em espaços anteriormente ocupados por carros, bem como em áreas que podem ativar determinadas ruas, bairros ou cidades.

 

Zona Azul x Zona Verde

"Em contraponto às áreas de Zona Azul – estacionamento rotativo pago, em áreas públicas –, estamos propondo para a cidade de São Paulo a criação das Zonas Verdes, que são pequenas áreas de lazer instaladas em espaços destinados ao estacionamento de carros e, assim, transformá-las em locais para os pedestres. Desta maneira, ruas e bairros ficarão mais humanos e amigáveis e se transformarão em locais de convívio e apreço do comércio local", explica Lincoln Paiva.

 

O projeto Zonas Verdes está organizado em três etapas. A primeira consiste em apresentar o projeto durante o Festival de Design DW!, evento de quatro dias, para que os cidadãos possam conhecer o conceito das Zonas Verdes. 

 

A segunda etapa ocorrerá durante a Bienal de Arquitetura, ocasião em que as Zonas Verdes ficarão montadas durante um mês. Neste período, o grupo irá convidar a sociedade, os institutos e o poder público para debater questões relevantes sobre mobilidade urbana e a possível implantação das Zonas Verdes na cidade. Será apresentado um estudo desenvolvido pelo Instituto Mobilidade Verde com dados sobre o monitoramento das Zonas Verdes e a participação da sociedade. Este estudo será compartilhado com os cidadãos e o poder público da cidade de São Paulo.


Como resultado, na terceira etapa espera-se que a Prefeitura de São Paulo inclua as Zonas Verdes nas políticas públicas para a cidade.

 

Objetivos do projeto “Zonas Verdes


1. Debater com a sociedade e  dialogar  com o poder público as condições dos espaços urbanos, seus modos de uso e ocupação;

 

2. Estimular o desenvolvimento de políticas públicas que permitam a  implantação permanente das Zonas Verdes, tornando as ruas mais seguras, equitativas e humanas;

 

3. Discutir amplamente o papel da cidade voltada para as pessoas e os pedestres, bem como o uso do solo com equidade; 

 

4. Aumentar o espaço público por pessoa na cidade, tornando ruas e  bairros mais humanos e amigáveis, ativando o convívio e o comércio local;

 

5. Discutir o espaço dos automóveis na cidade;

 

6. Estabelecer um canal de diálogo com a  sociedade para debater a forma de ocupação dos espaços e descobrir qual a maneira mais adequada de transformar a cidade em um espaço melhor, mais humano e gentil para todos.

 

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