Com 74 km de ciclovias, Fortaleza ainda está longe de ser uma cidade onde a bicicleta possa ser um transporte seguro e saudável. O advogado Celso Sukuraba encontrou na bicicleta um meio de fugir do trânsito caótico da cidade e há um ano resolveu adotar o veículo como principal meio de locomoção - um hábito "nada fácil de manter", segundo ele. "Tem lixo, grama, areia e tudo que possa impedir de pedalar pelas ciclovias. É impossível andar por aqui", diz.
Na Avenida José Bastos a ciclovia foi construída há pouco tempo, mas nem por isso está em melhor estado e alguns trechos são intransitáveis. Diante da impossibilidade de trafegar na via, a alternativa é dividir a avenida com os carros. Para o universitário Francisco Cavalcante, até para os pedestres é difícil transitar.
Até 2016, está prevista a construção de mais 41 km de ciclovias na capital cearense. De acordo com a Prefeitura de Fortaleza, elas serão construídas ao longo dos chamados "corredores expressos", que são as vias exclusivas para ônibus.
O secretário Samuel Dias, da Infraestrutura, afirma que as novas ciclovias serão construídas dentro de um padrão. "Um Plano Cicloviário para Fortaleza já está sendo elaborado e vamos seguir todas as normas técnicas para a construção das novas ciclovias. Além disso, as já existentes vão passar por reformas a fim de possibilitar o tráfego sem obstáculos", diz.
Segundo a Prefeitura de Fortaleza, as ciclovias vão ser construídas em seis pontos da cidade. O primeiro corredor já está com 65% das obras concluídas e vai do Terminal do Antônio Siqueira até o Bairro Papicu. Outras três ciclovias vão ligar o Bairro Centro ao Terminal do Siqueira, ao Conjunto Ceará e ao Bairro Messejana. Um quinto corredor será ligará o Bairro Mucuripe ao Castelão. A ciclovia litorânea, já em construção, deve ser iniciada no Bairro Centro, passar pela Avenida Beira-Mar e terminar na Praia do Futuro.
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