São Caetano-SP encerra programa Sancabike

Serviço que chegou a oferecer 100 veículos em nove pontos de apoio espalhados pela cidade, parou de funcionar em abril

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Fonte: Diário do Grande ABC  |  Autor: Fábio Munhoz  |  Postado em: 17 de julho de 2013

O cadastro era feito pela internet

O cadastro era feito pela internet

créditos: Andrea Iseki/DGABC

Por problemas contratuais, a Prefeitura de São Caetano encerrou o programa Sancabike, que emprestava bicicletas gratuitamente a usuários cadastrados. O serviço, que durou pouco mais de seis meses, chegou a oferecer 100 veículos em nove pontos de apoio espalhados pela cidade.

O contrato com a empresa Brasil e Movimento foi assinado pela administração em setembro e era válido por seis meses. Após a documentação ter sido alvo de questionamentos por parte do TCE (Tribunal de Contas do Estado), a Secretaria de Mobilidade Urbana optou por não renovar o serviço. “Na época da licitação, uma das concorrentes fez representação para tentar suspender a empresa vencedora. Para que não assumíssemos a possibilidade de, lá na frente, o contrato ser reconhecido como nulo, achamos melhor descontinuar”, explica o diretor de Transportes da Prefeitura, Moacir Guirão Júnior, que não detalhou quais foram os problemas apresentados.

Segundo Guirão Júnior, o município não tinha gastos com a manutenção do programa. “Nós apenas fornecíamos os espaços para que eles se instalassem.” O diretor explica que, apesar de o contrato ter vencido em março, o serviço só parou completamente de funcionar em abril. “Fizemos a notificação à empresa por duas vezes para que interrompessem as atividades.”

A equipe do Diário percorreu na tarde de ontem seis pontos que funcionavam como bases do Sancabike. No Terminal Rodoviário Nicolau Delic e no Parque Chico Mendes ainda estavam instaladas as plataformas, mas sem quaisquer materiais publicitários do programa. No posto próximo à Prefeitura, inclusive, duas bicicletas ainda estavam estacionadas. Os veículos apresentavam mau estado de conservação – sem freios traseiros e tomados por ferrugem. Nos demais locais percorridos, os materiais já haviam sido retirados. No entanto, foram deixados para trás parafusos e restos de fiações.

“Foi feita grande campanha de divulgação e depois simplesmente retiram. Bastante gente usava. Era um serviço que funcionava”, lamenta o jornaleiro Delfino Dias de Góes, 56 anos. O ajudante de pedreiro Paulo Henrique Oliveira, 18, também demonstrou insatisfação ao receber a notícia sobre o fim do Sancabike. “Era mais barato e saudável do que pegar ônibus. Isso deveria ser mantido.”

O diretor de Transportes afirma que a cidade irá aguardar até que o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC faça contratação de programa semelhante para toda a região. Caso isso não ocorra até setembro, a Prefeitura irá contratar por conta própria. Guirão Júnior espera que o sistema seja retomado até o início do ano.

O Sancabike registrava média mensal de 2.000 a 2.500 empréstimos. O cadastro era feito pela internet, e o interessado precisava pagar caução de R$ 10 por boleto bancário ou cartão de crédito. Outra taxa necessária era a de R$ 5, referente ao seguro. A bicicleta podia ser retirada até seis vezes ao dia, em períodos de, no máximo, 45 minutos. A empresa Brasil e Movimento foi procurada, mas não se manifestou.


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