O município de São Vicente, depois de enfrentar sérios problemas no início do ano, como paralisação na coleta de lixo, greve dos servidores da área da saúde e cancelamento dos festejos de carnaval, passa por uma fase de recuperação estrutural. Com investimentos do estado que, somados, alcançam o montante estimado em R$ 1,3 bilhão, as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a reforma da Ponte Pênsil e a construção de viadutos na Rodovia dos Imigrantes devem alterar a rotina dos vicentinos e dos demais moradores da Região Metropolitana da Baixada Santista que precisam passar pela cidade todos os dias.
A previsão de conclusão das obras do VLT e da Ponte Pênsil é para meados de 2014. Já os pontilhões deverão ficar prontos em, pelo menos, dois anos e meio. Certo é que, pelo fato de todas as intervenções estarem sendo realizadas de forma simultânea, transtornos não faltarão à população. Mas o resultado trará grandes benefícios à região, sobretudo no tocante à mobilidade urbana.
O VLT é um projeto esperado há quase 15 anos, e terá importância regional e metropolitana, propiciando um transporte coletivo de alta capacidade e qualidade, integrado com os demais modais. A reforma da Ponte Pênsil envolve questões de segurança, ainda mais por se tratar de um monumento arquitetônico histórico da cidade.
Já os viadutos a serem construídos no trecho da Rodovia dos Imigrantes que corta a cidade serão de suma importância. Serão dois equipamentos, entre os km 65 e 67 e eliminarão seis semáforos que tanto atravancam o trânsito, principalmente nos feriados prolongados e na temporada. Estão orçados em R$ 93 milhões.
Nenhuma das nove cidades da região passa por obras tão efetivas quanto o município vicentino. Numa região que vem se desenvolvendo a passos largos como a Baixada, mas que enfrenta sérios problemas com gargalos logísticos e megacongestionamentos, intervenções como estas são imprescindíveis a fim de trazer melhorias a tão almejada mobilidade urbana.
O que se espera é que as obras sejam concluídas, nas suas vigências, sem a necessidade dos tão costumeiros aditamentos de prazos e, principalmente, de valores. Transtornos com o trânsito em razão das intervenções até são aceitáveis, porém uma gestão inadequada do dinheiro será inadmissível.
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