Apesar de ter passado por uma obra cara e demorada que reurbanizou e ampliou as suas calçadas, a rua Jorge Tibiriçá vem sendo palco diário de tropeções, escorregões e até mesmo quedas com certa gravidade. Considerada modelo de acessibilidade pela administração municipal, a falta de acabamento e manutenção resulta em diversos obstáculos e ponto de risco principalmente para pedestres e pessoas com mobilidade comprometida, seja pela idade ou por condições físicas.
As quedas são provocadas pelos buracos dos canteiros desprotegidos e pelos degraus formados pelas rampas de acesso de cadeirantes, que não estão sinalizadas de maneira adequada. A falta de lixeiras colabora para o descarte incorreto de lixo nos canteiros, que também sofrem com a falta de manutenção das plantas.
A aposentada Dirce Ramos de Almeida, 74 anos, conta que passa diariamente pelo local e sempre vê as pessoas tropeçando. “Eu mesmo já tropecei algumas vezes e acho que deveria haver alguma forma de alertar para esses riscos. A calçada está suja, cheia de lixo e na rua toda não tem uma lixeira.”
“Observo que os deficientes físicos não conseguem acessar a calçada, pois os acessos ficaram mal acabados e não tem continuidade, complemento” diz o advogado Décio Paccola, 46. O pedreiro Marcos Teodoro dos Santos reforça o coro de reclamações: “Já vi uma senhora caindo porque tropeçou na hora de atravessar a rua, acho que essa faixa de pedestre deveria ser igualada com o tamanho da rampa de acesso.”
Lixo e luz
“Os cadeirantes e os cegos não conseguem acessar a calçada e é um absurdo não ter sequer uma lixeira. Também acho que os bancos da rua deveriam ser mudados de lugar, as pessoas deveriam olhar para a rua” sugere Giselda Emília Palmonare, 47, comerciante.
“É necessário a colocação de lixeiras na calçada, desde o ano passado tenho cobrado da prefeitura, eles alegam que já encomendaram as lixeiras, mas nunca que elas chegam” conta Rafael Chinelato, da Drogaria Real.
Namur Grimaldi Filho, do Restaurante Appetito diz que é preciso colocar as lixeiras e orientar as pessoas a não jogar lixo nos canteiros. “Já presenciamos algumas quedas de pessoas, principalmente idosos que tropeçam nos canteiros e que já se machucaram. Existe uma luminária que está queimada desde o ano passado e até agora não trocaram a lâmpada, já pedi várias vezes para trocarem.” O comerciante sugere que os canteiros deveriam ter alguma proteção para preservar as plantas e evitar que as pessoas pisem nos buracos e tropecem. Outro problema evidente são diversos pontos de desníveis que aumentam o risco de tropeções e quedas.