GT Mobilidade da Nossa São Paulo reúne-se com secretário de Transportes

Propostas são apresentadas por GT e acolhidas por Jilmar Tatto, que afirma querer continuar dialogando visando a melhores condições de mobilidade e transporte público

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Fonte: Rede Nossa São Paulo  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 01 de julho de 2013

Jilmar Tatto recebeu bem as propostas

Jilmar Tatto recebeu bem as propostas

créditos: Divulgação

 

Representantes do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo reuniram-se com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, na manhã desta sexta-feira, 28, na sede da Secretaria, no centro de São Paulo. Além do secretário, participaram do encontro Ana Odila de Paiva Souza, diretora de Planejamento da SPTrans, e Alexandre Rodrigues Seixas, assessor técnico da Diretoria de Desenvolvimento da São Paulo Urbanismo.

 

A criação do Conselho Municipal de Transportes, sugerida pela RNSP na última reunião do Conselho da Cidade, no dia 18, foi reforçado no encontro desta sexta. Criação já anunciada pelo prefeito Fernando Haddad na quarta-feira, um dia depois de proposto, pela presidente Dilma Rousseff, o Conselho Nacional de Transporte Público.

 

Segundo Jilmar Tatto, o decreto da criação do Conselho deve sair nos próximos dias e, logo após, haverá discussão sobre o regimento interno e a forma futura de escolha dos conselheiros - que devem ser vinculados aos operadores do sistema (empresas), poder público, organizações da sociedade civil e usuários do transporte coletivo.

 

Ainda no que diz relação ao Conselho, o GT sugeriu que este, assim que criado, se encarregue de começar a formular o Plano de Mobilidade e Transportes Sustentáveis da cidade. "Estamos desde 2007 debatendo isso, duas gestões se passaram na Prefeitura e nada!", lamentou o coordenador da RNSP, Mauricio Broinizi. Para ele, a tarefa de elaborar as diretrizes do plano de mobilidade faria o Conselho dialogar melhor com a cidade. O que, para o secretário, seria uma boa ideia. "Da minha parte, não há objeção", afirmou Tatto.

 

Outra sugestão da RNSP é a abertura de espaço para uma maior participação do paulistano nas decisões sobre o transporte público e seu financiamento. "A sociedade precisa se posicionar e assumir responsabilidades. Tem que decidir que modelo de financiamento do transporte público ela quer", disse Broinizi, que completou: "Supondo que teremos três opções: tarifa zero, tarifa média ou tarifa cheia (atual). Quem e como financia? Diante das opções e de seus impactos, o povo precisa decidir."

 

A proposta do GT Mobilidade da RNSP é que seja realizado referendo para a decisão da população. "A gente sempre defendeu a democracia participativa e direta, seja por referendo ou plebiscito", argumentou Broinizi.

 

Por fim, o GT também sugeriu a criação de um grupo para planejamento da Semana de Mobilidade, de 16 a 22 de setembro - 22 é o Dia Mundial Sem Carro. Segundo Broinizi, seria mais uma oportunidade para envolver a sociedade nas discussões sobre os problemas e desafios do trânsito e do transporte na cidade.

 

Individualmente, segundo o coordenador da RNSP, o paulistano já possui suas demandas - o que pode ser observado na quantidade de sugestões feitas ao Plano de Metas, que está sendo concluído. Mobilidade urbana foi o segundo tema em maior número de sugestões (1.041), atrás apenas de Saúde (1.108), de um total de quase 10 mil propostas feitas à prefeitura.

 

Ações da prefeitura

Jilmar Tatto recebeu bem as propostas e apresentou um breve relato das ações da Secretaria que, segundo ele, estão em andamento. A ênfase é pela criação de corredores e faixas exclusivas para os ônibus, sempre no sentido de priorizar o transporte coletivo. Sobre o financiamento do transporte público, o secretário repetiu o que havia dito na reunião do Conselho da Cidade, de que o usuário de carro é quem tem que pagar a conta.

 

Segundo dados da Secretaria, no horário de pico, as ruas de São Paulo são ocupadas por: 79% carros, 15% motos, 3% ônibus, 2% caminhões e 1% fretados.

 

"O usuário de carro devia agradecer todo dia por cada passageiro que ele vê dentro do ônibus. E se ele quiser que haja mais passageiros no ônibus, para ele poder andar no carro dele, ele tem que ajudar a pagar por isso", sentenciou.

 

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