Após reunião com MPL, ministro reconhece transporte 'deficiente'

Aguinaldo Ribeiro (Cidades) disse que país ficou sem investir por 30 anos. Movimento pediu apoio para tarifa zero; ministro pediu tempo para discutir

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Fonte: G1  |  Autor: Fabiano Costa, Nathalia Passarinho e Priscilla M.  |  Postado em: 26 de junho de 2013

A presidenta Dilma Rousseff recebe integrantes do

A presidenta Dilma Rousseff recebe integrantes do MPL

créditos: Antonio Cruz/ABr

 

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, reconheceu nesta segunda-feira (24) que o transporte público oferecido nos municípios brasileiros é "deficiente" e precisa ser melhorado. O auxiliar da presidente Dilma Rousseff atribuiu a "culpa" pela baixa qualidade dos serviços de ônibus, metrô e trem à falta de projetos e investimentos na área que, segundo ele, perdurou por 30 anos.

 

"A qualidade do serviço [de transporte público] tem de melhorar. É muito deficiente. Há 30 anos não se investia em mobilidade urbana no país. [...] As estruturas de planejamento foram desmobilizadas. Havia um baixo estoque de projetos, e não podemos fazer contratações sem analisar projetos", enfatizou Ribeiro.

 

A declaração foi feita ao final de uma reunião com Dilma e representantes do Movimento Passe Livre, um dos organizadores das manifestações que tomaram conta das ruas do país na última semana. As manifestações levaram à redução do preço das tarifas em São Paulo e outras capitais.

 

Os integrantes do movimento foram chamados a Brasília para apresentarem à presidente da República a pauta de reivindicações do grupo. De acordo com o ministro das Cidades, os eles reclamaram do valor das tarifas de ônibus e pediram que o governo viabilize propostas para implementar transporte público gratuito para a população, bandeira histórica do movimento.

 

Ribeiro, contudo, ressaltou que, apesar de o governo ter se colocado à disposição dos manifestantes para dialogar, a discussão sobre uma eventual gratuidade das tarifas de ônibus, metro e trens irá se dar em outro momento. "Temos de avaliar como se daria essa gratuidade", justificou.

 

O titular das Cidades também destacou que, na tentativa de amenizar o déficit de investimentos no setor, o governo federal reservou R$ 88,9 bilhões para obras de mobilidade urbana. No entanto, ele ponderou que, mesmo com o dinheiro à disposição, a gestão Dilma só conseguiu executar pouco mais de R$ 30 bilhões nos empreendimentos que pretendem melhorar a qualidade do transporte público.

 

"Na medida em que os projetos são analisados, as contratações saem o mais rápido possível", disse Ribeiro.

 

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