Antes irredutível na redução da tarifa de ônibus, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad agora admite a possibilidade de ceder. Haddad afirmou nesta quarta-feira que o único caminho possível para a redução das tarifas de ônibus será a desoneração dos impostos sobre as empresas de ônibus.
Caso não seja possível, os subsídios terão de ser aumentados, comprometendo os investimentos da cidade de São Paulo em outras áreas, segundo ele, que diz que se a tarifa ficar em R$ 3,00, os subsídios neste ano serão de R$ 1,5 bilhão e em 2016, R$ 2,7 bilhões. O prefeito uma resposta até sexta-feira (21).
Alternativas
Uma das propostas é usar parte do Cide, o imposto sobre a gasolina, que é um tributo federal, para financiar os transportes: tanto em relação a subsídios como em melhorias, com novos corredores de ônibus. Reduzir o ICMS do diesel também foi outra alternativa citada na questão tributária.
“Por causa da falta de investimentos nos corredores, os ônibus perderam a produtividade. Não foram feitos investimentos e quando a velocidade do ônibus cai, os custos aumentam. Se a prefeitura cumprisse a promessa de construção de corredores que fez, hoje não haveria tão pouca produtividade e os custos seriam menores” – disse Haddad.
Mas, Haddad salienta que não há compromisso nenhum para a tarifa ser reduzida para R$ 3,00, entretanto admite que a população deve ter acesso melhor às planilhas do sistema.