O Governo de São Paulo iniciou no final de maio uma nova fase da obra do monotrilho da Linha 17-Ouro com a instalação das primeiras vigas-guia de concreto, uma espécie de trilho por onde passarão os trens, na Avenida Jornalista Roberto Marinho. O sistema, que terá 17.688 metros de extensão e 18 estações, ligará a estação Jabaquara, na zona sul, à futura estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do metrô, passando pelo aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Cada suporte conta com um ou dois pilares, capitel e viga-guia. Ao todo, a linha terá mais de 1.791 vigas. Em média, as peças de concreto armado pesam 90 toneladas e variam de 16 a 31 metros de comprimento, com 2,2 metros de altura e 80 centímetros de largura. São formadas por 32 m³ de concreto e 5 mil kg de aço.
Cada viga-guia exige um trabalho de logística intenso para que sejam transportadas em segurança, da fábrica localizada no município de Cajamar até o local das obras. Segundo os engenheiros responsáveis, esse é o maior desafio da obra. Outro desafio encontrado é a fabricação das vigas-guia, pois cada viga segue rigorosamente as determinações e peculiaridades de cada etapa do trajeto, acompanhando a topografia do local.
O percurso da Linha 17 - Ouro será realizado por 24 trens, com três ou cinco vagões cada, num total de 100 vagões. A demanda diária é de aproximadamente 450 mil usuários. Em operação, cada trem atingirá velocidade média de 35 km por hora, sendo que a velocidade máxima pode chegar aos 80 km por hora.
As obras iniciadas no primeiro semestre de 2012, a primeira fase do projeto, compreendem as estações: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi. A previsão é de que o trecho de 7,7 km seja entregue no segundo semestre de 2014.
O trecho 2 , que vai ligar o Panamby à estação São Paulo-Morumbi, terá 6,4 km de extensão e cinco estações: Panamby, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio do Morumbi e São Paulo-Morumbi. O último trecho, com 3,5 km de extensão, terá cinco estações: Jabaquara, Hospital Sabóia, Cidade Leonor, Vila Babilônia e Vila Paulista.
Movido à energia elétrica, o monotrilho tem investimento de cerca de R$ 4,8 bilhões e está sendo implantado pelo consórcio composto pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi e MPE. A opção pelo sistema, feita pela Companhia do Metrô na Linha 17-Ouro em relação ao metrô convencional, considerou o menor custo de implantação, além da redução do impacto urbanístico.
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