Conheça quatro cidades brasileiras que não cobram passagens de ônibus

Tarifa zero é realidade em algumas localidades do interior do país. Saiba onde o transporte não pesa no bolso do trabalhador

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Fonte: Tarifa Zero  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 18 de junho de 2013

Em Agudos, a tarifa zero foi implantada em 2003

Em Agudos, a tarifa zero foi implantada em 2003

créditos: Divulgação

 

A reivindicação do Movimento Passe Livre contra o aumento das passagens e pela implantação da tarifa zero na capital paulistana pode parecer uma utopia, mas em pelo menos quatro cidades do interior do Brasil ela já é realidade. E, em alguns casos, há mais de uma década. Em Agudos e Potirendaba, no interior de São Paulo, em Porto Real, no Rio de Janeiro, e em Ivaporã, no Paraná, ninguém paga para andar de ônibus.

 

Em Agudos, a tarifa zero foi implantada em 2003 pelo então prefeito Carlos Octaviani (PMDB) e resiste até hoje. Lá, o transporte público é 100% gratuito para todos os 40 mil habitantes. Todo o sistema, que transporta cerca de 9 mil pessoas/dia, é operado pela prefeitura e os motoristas são funcionários concursados.

 

Em Potirendaba, cidade com 16 mil habitantes, o transporte também é gratuito. Em 1998, o município foi pioneiro no Brasil na implantação da tarifa zero, mas o benefício foi suspenso durante um período pela administração passada, sendo retomado pela atual prefeita, Gislaine Montanari Franzotti (PMDB), reeleita ano passado. Os ônibus circulam das 6h`as 22h e transportam por dia cerca de 200 passageiros. Mesmo caso de Ivaporã, no Paraná, onde o transporte público é 100% subsidiado desde 2001. Na cidade de Porto Real, de 17 mil habitantes, segundo lugar no ranking nacional do PIB (Produto Interno Bruto) per capita, os usuários não pagam tarifa desde 2011.

 

O prefeito de Agudos, Everton Octaviani (PMDB), diz que a tarifa zero custa aos cofres públicos cerca de R$ 40 mil por mês. “Não é fácil manter o serviço, mas foi uma opção que fizemos e que teve efeitos muito positivos. O município passou a atrair empresas, que ficam dispensadas de pagar o vale-transporte, e gerar emprego e renda”. Segundo ele, se a passagem fosse cobrada, a tarifa seria em torno de R$ 1,50, recurso que, na sua opinião, pesa no bolso de uma família grande e de baixa renda. Para o prefeito, a experiência de Agudos e de outras cidades do Brasil que adotam tarifa zero deveria servir de modelo para as grandes cidades.

 

“Alguém pode dizer que bancar isso é fácil porque nossa cidade é pequena, mas não é bem assim. Nossa arrecadação é proporcional ao nosso tamanho e se R$ 100 mil, mais ou menos o custo desse subsídio hoje, pode ser nada para uma cidade como São Paulo, para a gente é muito dinheiro. As concessões têm de ser revistas, o serviço tem que ser melhor e a passagem, mesmo que não dê para ser gratuita em todas as cidades, tem de ser menor”.

 

É também o que defende um dos idealizadores da tarifa zero, o engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo entre 1990 e 1992, durante a gestão da então prefeita Luiza Erundina, na época filiada ao PT. Na época, Erundina chegou a propor o subsídio integral do transporte público, que seria bancado com o aumento de impostos como IPTU, mas o projeto não vingou na Câmara Municipal. Para ele, o transporte gratuito é tão possível quanto a educação e a saúde gratuitas. É claro, destaca o engenheiro, que a realidade das cidades é diferente, “mas as administrações tinham que investir para garantir um forte subsídio, tendo como meta a tarifa zero”.

 

Segundo Gregori, a gratuidade já é praticada em mais de 30 cidades dos Estados Unidos com população entre 180 mil e 200 mil habitantes. Também já é realidade em Chengdu, na China, cidade com cerca de 4,6 milhões. (AM)

 

Gratuidade no mundo

 » Hasselt (Bélgica)
Desde 1º de julho de 1997, as linhas municipais de Hasselt são de uso gratuito para todos e, no caso de linhas centrais, até mesmo para quem não mora na cidade.

 

» Sydney (Austrália)

Oferece linhas circulares de ônibus gratuitos.


» Changning (China)

Desde 2008 o governo subsidia o transporte público em Changning. O custo é bancado com recursos próprios, renda do espaço publicitário nos ônibus e isenção de impostos federais incidentes sobre o combustível. » Changzhi (China)
Desde 2009, a população de Changzhi – condado de característica industrial, com 320 mil habitantes, pode utilizar gratuitamente qualquer ônibus da região.

 

» Corvallis (EUA)

O sistema de transporte de Corvallis, EUA, passou a operar com tarifa zero a partir de 2012. O custo é bancado por uma Taxa de Transporte cobrada mensalmente de 
cada família.

 

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Comentários

ELON - 02 de Junho de 2015 às 22:33 Positivo 0 Negativo 0

COMO PODE RALIZAR UMA COPA E VAI REALIZAR UMA OLIMPIADA COM O POVO MORANDO EM FAVELA E OS IMPOSTOS FAVORECERAM SO OS PODEROSOS.O PAÍS DO FAZ DE CONTA:QUE TEM EDUCAÇÃO.SAUDE,SEGURANÇA E TRANSPORTE;TUDO ABANDONADO.A IMPRENSA E OS EMPRESARIOS PODIAM A

ELON - 02 de Junho de 2015 às 22:26 Positivo 0 Negativo 1

AVANÇA BRASIL,ACORDA BRASIL,SEJA SERIO BRASIL,FAÇA POR MERECER BRASIL,RESPEITE SEUS FILHOS.USE OS IMPSTOS PARA O POVO SO PARA O POVO.

João Flávio Koch - 25 de Junho de 2013 às 17:05 Positivo 2 Negativo 1

É possível sim, o tranporte em ônibus ser gratuito para os usuários, e muito simples. É só aumentar em torno de 35/40% o IPVA dos demais veículos/automóvies etc, e repassar essa quantia à operadora...é só fazer o cálculo. Paga sim a operação urbana.

Samantha - 20 de Junho de 2013 às 01:38 Positivo 1 Negativo 0

Com esse absurdo de taxa tributária, se não houvesse roubalheira qualquer transporte poderia sair de graça

Alessandro Rocha Fonseca - 18 de Junho de 2013 às 21:32 Positivo 2 Negativo 0

CARTA ABERTA AO GOVERNO QUE NÃO NOS ENTENDE A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann foi a imprensa falar sobre a desoneração de dois impostos federais que resultaria , em média, na redução de R$0,20 nas tarifas de transporte público nas 14 m

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