Com uma média de 12 mil passageiros por dia, o primeiro transporte de massa por cabos do Brasil é um ícone. Além de facilitar o deslocamento de quem mora nas comunidades, ele caiu no gosto dos turistas por oferecer uma incrível vista do maior complexo de favelas da Zona Norte da capital fluminense, da Igreja Nossa Senhora da Penha, do Cristo Redentor, Pão de Açúcar e Ponte Rio-Niterói. No dia 15 de dezembro do ano passado, foi registrado o recorde de passageiros transportados: mais de 19 mil embarques.
“O teleférico se consagrou como ícone de transporte e de turismo. As pessoas vão e divulgam muito. As nossas primeiras previsões se basearam no teleférico de Medelín e prevíamos alcançar a marca em 2016”, explicou o diretor de operações do Teleférico do Alemão, Luiz de Souza.
Moradores e guias
Para dar aos visitantes uma experiência completa do dia a dia das comunidades e da história do Complexo do Alemão, os turistas são guiados por moradores locais. O passeio de uma hora e meia custa R$ 29 e o estande da visita guiada fica na Estação Bonsucesso.
Transporte democrático
O meio de transporte é democrático em todos os sentidos. Moradores cadastrados têm direito a duas passagens gratuitas por dia. Para visitantes que utilizam o Bilhete Único, Vale-Transporte ou Cartão Expresso, a tarifa custa R$ 1. Apenas as pessoas que adquirem a passagem diretamente nas bilheterias das estações pagam R$ 5.
Nos fins de semana, os visitantes podem conferir a programação do evento “Estações Culturais”, projeto realizado pela SuperVia, empresa que opera o teleférico, em parceria com ONGs e grupos culturais do Complexo do Alemão. Aos sábados, as seis estações se transformam em palcos e recebem shows, apresentações de dança e oficinas. Todas as atrações são gratuitas.
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