O resultado foi obtido por meio de uma simulação feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que mostra aumento nas concentrações dos poluentes no ar, principalmente de material particulado.
Responsável pela pesquisa, a professora do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Simone Georges Miraglia explica que esse percentual foi obtido em determinadas condições meteorológicas, que podem variar conforme o dia.
A pesquisa, intitulada Os Efeitos Positivos em Saúde devido ao Transporte Urbano sobre Trilhos – Estudo de Caso para São Paulo, foi apresentada durante workshop promovido hoje (7) na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). Foram divulgados também estudos envolvendo os impactos da existência do metrô na capital paulista sob vários aspectos, como economia, acessibilidade e saúde.
De acordo com Simone, a análise, feita durante a década de 2000, comparou a qualidade do ar entre os dias em que o metrô funcionou normalmente e aqueles em que o transporte foi afetado por greves, ocorridas em 2003 e 2006. “O serviço do metrô leva a uma não emissão de poluentes significativa”, destacou a pesquisadora.
Os levantamentos usaram as medições de qualidade do ar fornecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), além de dados do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM).
Simone explica que, nos dias em que a cidade fica sem o metrô, há aumento considerável nos atedimentos em prontos-socorros e nas internações hospitalares. “Em qualquer evento em que a gente tem aumento das concentrações de poluentes atmosféricos, existem diversos efeitos indesejáveis na saúde, entre eles, aumento da incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares e problemas oftalmológicos”, explica. Segundo ela, o município também registra elevação do nível de mortalidade, em decorrência de complicações das doenças que pioram com poluição do ar.
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