O serviço de empréstimo e estacionamento de bicicletas em estações do Metrô de São Paulo, desativado desde o fim do ano passado, deverá voltar a funcionar no dia 5/7.
No último dia 7, a empresa FG TV Produções foi credenciada pelo Metrô para operar bicicletários em dez estações: Liberdade, Paraíso, Sé, Vila Madalena, Tamanduateí, Brás, Carrão, Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança e Santa Cecília.
Os três bicicletários antigos, que continuavam abertos de forma emergencial, serão fechados a partir deste domingo. Eles ficam nas estações Anhangabaú, Guilhermina-Esperança e Palmeiras-Barra Funda.
A empresa terá que seguir as regras estabelecidas pelo Metrô. O aluguel de bicicletas, após período gratuito, vai custar R$ 2 por hora. No sistema desativado a primeira hora era de graça, agora serão só os primeiros 30 minutos.
As estações também deverão funcionar como estacionamento para bicicletas. Nesse caso, será de graça por 12 horas e custará R$ 2 por hora adicional. A empresa terá que fazer seguro e se responsabilizar por furto, roubo ou dano às bicicletas estacionadas.
Caso seja cobrada garantia ou caução dos usuários, o valor máximo foi definido pelo Metrô em R$ 400.
Cada estação deverá ter no mínimo dez bikes para aluguel e dez vagas para estacionamento, mas a empresa poderá aumentar esse número.
A intenção do Metrô era reativar o serviço nas 17 estações que tinham bicicletários, mas o restante, assim como as outras estações da rede, ficaram para outro certame.
O horário será de segunda a sexta, das 7h às 22h, mas o período poderá ser estendido caso haja acordo entre a empresa e o Metrô.
O Metrô informou que detalhes como a possibilidade de alugar e devolver bicicletas em estações diferentes e como será o cadastro dos usuários serão definidos com a empresa nas próximas semanas.
Marcas
A empresa vai bancar as bicicletas, funcionários e os custos operacionais do serviço, mas recebe em troca a permissão para exibir marcas nos bicicletários e bicicletas.
Os contratos publicitários, porém, valerão "desde que sejam respeitadas as leis municipais de exposição" e as empresas terão que submeter "ao Metrô e seus parceiros para aprovação ou veto".
O Metrô não informou se já foi fechado algum contrato de propaganda.
Os bicicletários do Metrô surgiram em 2008, por meio da ONG Instituto Parada Vital. Ela recebia patrocínio da seguradora Porto Seguro e operava o sistema de empréstimo e estacionamento em 17 estações.
Segundo o Metrô, o patrocínio foi encerrado no ano passado e, sem outra fonte de recurso, a ONG não conseguiu manter o sistema.
Após a reclamação de usuários, o Metrô traçou um plano de emergência para manter pelo menos o estacionamento nas estações mais movimentadas.
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