A partir de julho, um dos vagões do metrô será exclusivo para mulheres e deficientes físicos. A medida estará em caráter experimental.
Há quase um ano foi aprovado na CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) a Lei 4.848, que destina espaços exclusivos para o público do sexo feminino e portadores de necessidades especiais no sistema metroviário.
O espaço exclusivo será envelopado na cor rosa para ser diferenciados dos demais e facilitar a identificação por parte dos passageiros. A ideia do Metrô-DF é que o primeiro vagão de cada trem seja reservado exclusivamente para atender as usuárias e os portadores de necessidades especiais.
A proposta que cria o vagão exclusivo começou a tramitar na Câmara em fevereiro de 2011 e foi aprovada em julho de 2012, mesmo mês em que foi sancionada pelo governador Agnelo Queiroz. Mas o Palácio do Buriti vetou o trecho da lei que estabelecia prazo de 30 dias para os vagões exclusivos entrarem em funcionamento.
Agnelo também vetou a parte que limitava o funcionamento do vagão aos horários de pico no período matutino (6h às 9h) e vespertino (17h às 20h) e a que estabelecia multa de até R$ 10 mil para o passageiro que descumprisse a regra. O Executivo manteve, no entanto, trecho da proposta que exclui a necessidade dos vagões funcionarem aos sábados, domingos e feriados.
O Metrô-DF não soube informar como a fiscalização será feita para assegurar que o espaço seja realmente usado apenas por mulheres.
Poderão utilizar o benefício as mulheres acompanhadas de crianças, que se forem do sexo masculino, só poderão entrar no vagão especial até a idade de seis anos.
Também será delimitada uma área exclusiva para o embarque, que poderá ser feita com pedestais organizadores de filas ou com sinalização fixa no piso das plataformas.
Serão realizadas campanhas informativas para a população sobre o uso do vagão exclusivo. Antes da implementação, as estações emitirão informações sonoras (PA) alertando os usuários sobre o carro de uso exclusivo de mulheres e portadores de necessidades especiais.
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