Inicialmente liberadas apenas para usuários com assinatura anual, que são na maioria os próprios nova-iorquinos, elas agora podem ser alugadas por períodos mais curtos, de um dia ou uma semana.
Para retirá-las nas mais de 300 estações recém-instaladas, basta ser maior de 16 anos e pagar com cartão de débito ou crédito nas máquinas anexas.
Os preços variam de US$ 9,95 (cerca de R$ 21), no passe de 24 horas, a US$ 95 (R$ 201) no anual, além do imposto. Mas só podem ser usadas em viagens de 30 minutos (45 minutos para usuários anuais). Para quem tem interesse em trajetos mais longos, é aconselhável procurar empresas de aluguel privado.
Quando foi testar uma das bicicletas no domingo, em um posto próximo à Times Square, a repórter da Folha encontrou um agrupamento de viajantes que disfarçavam certa dificuldade em operar a máquina usada para retirar as bicicletas, apesar de possuírem versões em diversos idiomas, inclusive português.
A retirada da bicicleta é simples, basta seguir as instruções da máquina. Na medida do possível, os motoristas de Nova York respeitam os ciclistas, apesar da pouca familiaridade desta repórter com a bicicleta.
O visitante que escolher pedalar no novo sistema de compartilhamento em Nova York leva na garupa as arestas políticas que a inauguração ganhou, após um ano de atraso devido a dificuldades no software ou a sequelas da tempestade Sandy, que atingiu a cidade no final do ano passado.
Aberto a poucos meses das eleições municipais, o programa tem sido creditado pelas autoridades responsáveis como a grande nova opção de transporte público de larga escala em mais de meio século.
De fato, a grande quantidade de magrelas azuis do novo sistema pintou Nova York e deixou banais as bicicletas amarelas e vermelhas de propriedade privada. Mas, tanto para críticos quanto para apoiadores, é nessa segunda fase, que abrangeu os turistas, que o projeto será realmente testado.
O questionamento pontuado agora pela imprensa local é se ambos os públicos, de moradores e visitantes, vão aderir em massa e como o trânsito da cidade vai lidar com os novos ciclistas inexperientes.
No final da tarde de ontem, por exemplo, o sistema já apresentou problemas. Em várias estações de Manhattan, as máquinas para a retirada das bicicletas estavam desligadas. Outras, que aparentemente funcionavam, rejeitavam os cartões e não completavam a compra. Usuários que tentavam devolvê-las também não conseguiam. Era possível retirar algumas delas sem pagar, pois estavam soltas.
Leia também:
Vagões de 1930 voltam à ativa por um dia no metrô de Nova York
Bicicletas compartilhadas já circulam em Nova York
As 5 cidades com melhor transporte público. Metrô é a base