A construção de uma ciclovia e o plantio de árvores na Esplanada dos Ministérios criou polêmica entre arquitetos e autoridades. Especialistas são contra a iniciativa por acreditar que a proposta paisagística pode ferir o projeto original do arquiteto Lúcio Costa, que prevê um vão livre, apenas gramado, entre os ministérios e o Congresso Nacional.
Por sua vez, o Governo do Distrito Federal argumenta que justamente por não transgredir as normas da área tombada é que o projeto recebeu aval do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em execução desde abril, as obras vão criar um percurso de 3,2 quilômetros de passeio cicloviário no gramado central, que divide as pistas do Eixo Monumental. Ao longo do trajeto, serão plantadas 359 árvores de espécies do cerrado. Os críticos alegam que a intervenção vai interferir na visão de conjunto da Esplanada. Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, é radicalmente contra a ideia. “A ciclovia, no chão, não tem problema, mas o plantio compromete o projeto original de Brasília”, protestou, em uma rede social.
Leia também:
Pedestres viram "reis" e "rainhas" em ação sobre trânsito
Vai ser difícil sair de casa em Brasília em 2020, diz especialista
Governo filma campanha de respeito à faixa de pedestre no DF