Manaus: mobilidade urbana só para depois da Copa

Há pouco mais de ano para o evento, obras deixaram a matriz de responsabilidade da Copa do Mundo e foram repassados para o Plano de Aceleração do Crescimento, PAC 2

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Fonte: Zero Hora  |  Autor: Jackeline Farah/ RBS  |  Postado em: 27 de maio de 2013

A CGU também detectou problemas no projeto do BRT

CGU detectou problemas no projeto do BRT

créditos: Divulgação

 

No caderno de proposta de Manaus ainda como candidata a cidade sede da Copa do Mundo de 2014, estavam previstos dois projetos de mobilidade urbana, o monotrilho e Bus Rapid Transit, o BRT, que solucionariam um dos maiores problemas da população: a péssima qualidade do transporte coletivo da cidade. Há pouco mais de ano para o evento, os dois projetos deixaram a matriz de responsabilidade da Copa do Mundo e foram repassados para o Plano de Aceleração do Crescimento, PAC 2.

 

Com isso, a capital amazonense vai continuar sem oferecer um transporte coletivo mais moderno e de qualidade. Governo do Estado, responsável pela construção do monotrilho, e prefeitura, responsável pelo BRT, garantem que os projetos serão realizados após a Copa e deverá ser entregue à população até 2016.

 

Os projetos não devem sofrer alterações. O BRT prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus que ligará a Zona Leste ao Centro de Manaus. Segundo a Matriz de Responsabilidades para a Copa 2014, as obras do novo sistema tem custo estimado de R$ 260 milhões.

 

O monotrilho, orçado em R$ 1,4 bilhão, ligará a zona Norte ao Centro de Manaus. A licitação para construção do projeto foi realizada em março de 2011. Mas não avançou, por irregularidades no edital de licitação e falhas nos projetos básicos apontados pelo o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU).

 

A CGU também detectou problemas no projeto do BRT. De acordo o órgão, o sistema de corredores exclusivos para ônibus passaria pela mesma localidade do monotrilho, inclusive com paradas previstas nas mesmas estações. O que para o órgão sinalizava que os projetos não estavam sendo pensados de forma integrada. Fator que contribui para que a Caixa Econômica Federal não liberasse o financiamento.

 

Com a proximidade do mundial, a preocupação do manauara aumenta. Hoje, o que se vê nas ruas é apenas o trabalho de sondagem do solo nas avenidas Constantino Nery, Torquato Tapajós e Max Teixeira, por onde deverá passar o monotrilho. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Estado, a SEINFRA, o estudo é pra definir o tipo de tecnologia de engenharia será utilizada na construção. O consórcio Monotrilho Manaus (CR Almeida, Mendes Júnior e Scomi) é responsável pela execução da obra. A prefeitura ainda se organiza para anunciar em junho um pacote de obras que deve ser focado na preparação da cidade para a Copa do ano que vem.

 

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