O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu que a solução para a mobilidade urbana na capital paulista não virá prioritariamente do transporte público. “Nem BRT, nem metrô vão resolver problema de mobilidade”, disse o prefeito em evento nesta quinta-feira (23) que discutiu a administração das megacidades.
Diariamente, segundo Haddad, uma população de mais de 4 milhões de habitantes – se desloca mais de 10 km para chegar ao trabalho no centro, contingente principalmente das zonas Leste e Sul. Com isso, Haddad voltou a defender que a solução é combater a concentração de empregos e serviços na área central, uma das principais bandeiras de campanha.
Neste momento, o governo municipal dá os últimos retoques para mandar à Câmara o projeto que vai desonerar empresas que se instalarem na periferia de São Paulo. Um dos alvos será o Imposto Sobre Serviços (ISS).
Dados da Prefeitura mostram que 66% dos empregos estão localizados em apenas 5 das 31 subprefeituras. Além de acabar com as viagens desses trabalhadores, o governo acredita que a política vai estimular empresários a ficarem na capital.
“Se nós descentralizarmos os incentivos, porque ele (o empresário) iria para Barueri, por exemplo, se ele pode ir para Itaquera, onde tem metrô?”, questionou o prefeito.
Investimento em transporte público
O plano da Prefeitura é transformar 120 km de corredores de ônibus da cidade em BRT, um sistema mais eficiente de ônibus, e construir outros 280 km ao custo de 6 bilhões de reais.
O prazo, porém, considera um segundo mandato do prefeito, já que a previsão é atingir o objetivo em oito anos