Pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) mostra que o trânsito e o transporte público são os maiores problemas de infraestrutura de Belo Horizonte.
De acordo com 83% dos entrevistados, os problemas relacionados a mobilidade urbana são os que causam maior impacto na vida da população. E não é para menos. Belo Horizonte apresenta o maior crescimento na frota de veículos particulares entre as capitais brasileiras (média de 10% ao ano). Além disso, BH é a única capital brasileira onde o direito à meia passagem não alcança todos os estudantes. A cidade também não possui um sistema de integração das tarifas que permita, por exemplo, descontos para quem pega mais de um ônibus ou precisa utilizar metrô e ônibus.
Para o arquiteto urbanista Maurício Meirelles, vice-presidente do Sinaenco, os números não representam uma surpresa, mas revelam que as autoridades públicas devem buscar soluções para que no médio prazo a cidade não entre em um colapso. “Nas grandes metrópoles o problema de mobilidade urbana é a questão que causa maior impacto na vida do cidadão”, destaca Meirelles.
Campanha
O levantamento é parte do evento “De olho no futuro: Como estará Belo Horizonte daqui a 25 anos?”, realizado pelo sindicato. O objetivo é buscar a participação dos cidadãos – moradores, arquitetos, urbanistas, engenheiros, autoridades – na melhoria da mobilidade urbana. O evento acontece nesta quarta-feira (22), no Hotel Mercure, em Belo Horizonte, e faz parte da campanha “De olho no futuro – Vamos pensar juntos o futuro das nossas cidades”, que será realizada em outras 12 capitais brasileiras.
Os interessados poderão acessar www.olhonofuturo.org.br e deixar sua ideia, que será analisada e, posteriormente, entregue às autoridades.