São Paulo pode ter ainda este ano uma rede de ônibus operando durante a madrugada. Segundo o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, o serviço será uma das exigências da licitação da concessão do serviço de transporte da capital, prometida para este semestre pelo prefeito Fernando Haddad (PT).
Tatto diz que o modelo prevê que os ônibus passem a circular após o fechamento das estações Metrô (0h30, de domingo a segunda, e a partir da 1h de sábado para domingo). “A ideia é colocar no edital a operação de uma rede de transporte 24h, o que não temos hoje”.
Os ônibus noturnos irão percorrer o mesmo trajeto das linhas do Metrô, seguindo o modelo de Londres, na Inglaterra. A iniciativa pretende facilitar a orientação de quem procurar pelo serviço. “O passageiro já está acostumando com um determinado percurso. A ideia é manter esse caminho. Encerrou a operação na linha 1-Azul, o ônibus fará o caminho entre a estação Jabaquara e a Tucuruvi”, explica o secretário dos Transportes.
O intervalo entre os ônibus e as regiões que serão atendidas ainda serão definidos pela Secretaria dos Transportes. As propostas estão em fase final de ajustes pelos técnicos da SPTrans (São Paulo Transporte). “Vamos acompanhar a demanda pelo serviço. Na Vila Madalena, onde há uma concentração de bares, é possível ter um ônibus a cada meia hora. A meta é garantir o serviço independentemente do número de passageiros”.
A expectativa da prefeitura é de atender trabalhadores da madrugada e frequentadores de bares e restaurantes atentos às blitzes da lei seca na capital.
Táxis
Tatto diz que a prefeitura criou um grupo de trabalho para rever o modelo do “Táxi Amigão”, adotado em 2009, e que tem cerca de 3 mil taxistas cadastrados. Para poder usar vagas de Zona Azul aos sábados e ter prioridade em pontos próximos a bares e restaurantes, o taxista tem de oferecer um desconto de 30% (bandeira 1) nas corridas durante a madrugada.
O secretário diz que, por enquanto, o modelo será mantido, mas que será negociado com o sindicato dos taxistas uma forma de tornar o programa mais atrativo tanto para os profissionais como para os passageiros.
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