A afirmação é do superintendente Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, que declarou ainda que, em julho deste ano, haverá a intensificação de cursos para motoristas que ainda não se adaptaram ao sistema de apoio para o cadeirante.
Deficientes físicos que precisam do meio de transporte para trafegar entre os bairros reclamam que muitos dos equipamentos sequer funcionam e outros não são acionados por falta de instrução aos motoristas.
O estudante Jhonson Frazão, 31, que é deficiente físico e depende das linhas de ônibus para ir ao curso de informática, conta que sente a dificuldade todos os dias. “Na maioria dos ônibus, a plataforma não funciona e preciso ser carregado por passageiros que, apesar da ajuda, já chegaram a me derrubar no chão”, contou.
Entre os problemas que Jhonson enfrenta está também a falta de ajuda por parte dos motoristas. Ele disse que muitos não sabem mexer no elevador e outros não costumam parar o ônibus quando vêem que ele está na parada esperando o coletivo.
Para o montador de móveis Wilson Renzo Filho, 52, que está há dois anos usando cadeira de rodas e utiliza ônibus para ir à fisioterapia a situação é desesperadora e de muita dependência.
Ele explicou que a falta do sistema em muitos ônibus antigos e de motoristas treinados para utilizar a plataforma dificulta a vida dos deficientes.
O diretor de Transportes Urbanos da SMTU, Waldir Frazão, disse que as empresas que possuem a plataforma elevatória têm a obrigação de testar o equipamento antes de sair da garagem.
Ele destacou que usuários do transporte coletivo que flagrarem ônibus coletivo sem a utilização da plataforma podem denunciar ligando para Setor de Atendimento Comunitário (Sac) por meio do telefone 118 ou enviar um e-mail para sacsmtu@pmm.am.gov.br informando o numero da linha e o horário em que ocorreu o problema.
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