Pedalando rumo a Berlim

O blogueiro Du Dias pedala em direção a Berlim via Bremen e Hamburgo. Vamos com ele?

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Fonte: Blog Mobilize Europa  |  Autor: Du Dias  |  Postado em: 13 de maio de 2013

Berlim, Potsdamer Platz: pedestres e ciclistas com

Berlim, Potsdamer Platz: pedestres e ciclistas na mesma via

créditos: Du Dias

 

"As estradas que peguei eram vias de mão dupla, sem acostamento e com apenas uma faixa de rolamento em cada sentido, mas os automóveis sempre mudam de pista ao ultrapassar o ciclista, o que faz toda a diferença"
 

Partindo de Bremen, cidade-estado com aproximadamente 500 mil habitantes, meu destino agora era Hamburgo, uma das maiores cidades da Alemanha, que tem o segundo maior porto da Europa. De Hamburgo pedalaria mais aproximadamente 380 km, de três a quatro dias, até Berlim, a capital nacional. Depois de Berlim, meu destino era Dresden, perto da fronteira com a República Tcheca. Esta seria portanto a semana em que eu de fato atravessaria o país e conheceria as cidades realmente grandes. 

 

Sair de Bremen até que foi fácil e o caminho até Hamburgo bastante tranquilo. Embora eu tenha optado por pegar algumas vias de trânsito compartilhado com os carros, não me senti ameaçado em nenhum momento. As estradas que peguei eram vias de mão dupla, sem acostamento e com apenas uma faixa de rolamento em cada sentido, mas os automóveis sempre mudam de pista ao ultrapassar o ciclista, o que faz toda a diferença.

 

O norte da Alemanha é totalmente ciclável, e basicamente plano. Se eu quisesse fazer todo o caminho por ciclovias, passando por pequenas vilas e fazendas, isso também seria possível, mas optei por um caminho “híbrido”, para conhecer um pouco de tudo. Nesse percurso, procurei entrar um pouco nas pequenas cidades, passar pelo centro e ter algum contato com a cultura local. Três coisas me chamaram bastante atenção nestes casos: 

- A quantidade de igrejas, em sua maioria protestantes; 

- Os limites de velocidade para o trânsito de automóveis na região central, quase nunca superior a 30km/h;

- A imensa malha ferroviária alemã. Se eu levantasse os pés para fazer um pedido cada vez que eu cruzasse uma linha de trem, não pedalaria nunca!
 

Naquele momento eu possuía um mapa pouco detalhado das regiões por onde passava, mas não me furtei a pedir informações, quando necessário. Tudo funcionava de forma bastante simples e mesmo me perdendo um pouco, logo já estava chegando a Hamburgo. Para acessar a cidade é preciso atravessar o rio Elba, um dos maiores do país, por uma ponte ou pelo túnel. Optei pelo túnel e logo na saída dele já estava no porto, que também é um polo comercial, cultural e gastronômico. 

Hamburgo é uma cidade grande e dotada de muitas ciclovias. Assim como as demais metrópoles alemãs, conta com um bem desenvolvido sistema de VLTs e trens urbanos, além da sinalização específica preferencial para ciclistas e pedestres. E muitas, muitas bicicletas. Portanto, uma vez na cidade, não foi dificil encontrar meu caminho.

Pela primeira vez percebi a atenção da polícia em organizar o tráfego de bikes. Fui abordado por quatro oficiais alemães que me pediram documentos e me disseram que eu trafegava pela ciclovia no sentido contrário ao dos automóveis, o que era proibido e me renderia uma multa de 20 euros. 

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