O Metrô de São Paulo definiu as regras para tentar retomar o serviço de empréstimo e estacionamento de bicicletas em suas estações, desativado desde o fim do ano passado.
Segundo edital publicado no "Diário Oficial do Estado" no sábado (27), o aluguel de bicicletas, após período gratuito, vai custar R$ 2 por hora. No sistema desativado a primeira hora era de graça, agora serão só os primeiros 30 minutos.
As estações também deverão funcionar como estacionamento para bicicletas. Nesse caso, será de graça por 12 horas e custará R$ 2 por hora adicional. A empresa terá que fazer seguro e se responsabilizar por furto, roubo ou dano às bicicletas estacionadas.
As regras definem que cada estação deverá ter no mínimo dez bikes para aluguel e dez vagas para estacionamento, mas a empresa poderá aumentar esse número.
Caso seja cobrada garantia ou caução dos usuários, o valor máximo foi definido pelo Metrô em R$ 400.
Inicialmente, o serviço será restabelecido em apenas nove estações: Liberdade, Paraíso, Sé, Vila Madalena, Brás, Carrão, Itaquera, Guilhermina e Santa Cecília.
O horário será de segunda a sexta, das 7h às 22h, mas o período poderá ser estendido caso haja acordo entre a empresa e o Metrô.
No sistema desativado, as estações funcionavam das 6h às 22h em dias úteis. No Paraíso e Anhangabaú, também abriam no final de semana das 8h30 às 17h30.
A intenção do Metrô era contemplar no edital as 17 estações que tinham bicicletários, mas o restante, assim como as outras estações da malha, ficaram para outro certame.
Marcas
O edital tem por objetivo credenciar empresas interessadas em explorar o serviço. Ela terão que bancar as bicicletas, funcionários e os custos operacionais, mas terão permissão para exibir marcas nos bicicletários e bicicletas.
Os contratos publicitários, porém, valerão "desde que sejam respeitadas as leis municipais de exposição" e as empresas terão que submeter "ao Metrô e seus parceiros para aprovação ou veto".
Os interessados têm 15 dias para se inscrever, e vence quem chegar primeiro --desde que comprove ser capaz de operar o sistema. Caso mais de uma empresa se apresente no mesmo dia, haverá sorteio.
Segundo o Metrô, "a previsão é que até o final do primeiro semestre deste ano todos os cliclistas que utilizam o Metrô vão poder se usufruir do serviço".
Apesar de prever operação por uma única empresa, o documento do Metrô não especifica se haverá possibilidade de alugar e devolver as bicicletas em estações diferentes.
O edital também não define como será o cadastramento dos usuários. Antes, o sistema exigia cópia do RG, CPF, comprovante de residência e cartão de crédito com limite de R$ 350 (dispensado se o usuário fizesse uma carteirinha de R$ 25).
Patrocínio
Os bicicletários do Metrô surgiram em 2008, por meio da ONG Instituto Parada Vital. Ela recebia patrocínio da seguradora Porto Seguro e operava o sistema de empréstimo e estacionamento em 17 estações.
Segundo o Metrô, o patrocínio foi encerrado no ano passado e, sem outra fonte de recurso, a ONG não conseguiu manter o sistema.
Após a reclamação de usuários, o Metrô traçou um plano de emergência para manter pelo menos o estacionamento nas estações mais movimentadas.
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