Sistemas avançados de ônibus têm um potencial único para fornecer soluções inovadoras e eficientes ao congestionamento, emissões de veículos e segurança viária, a um custo muito menor para as cidades que os sistemas ferroviários. Com mais de 160 sistemas avançados de ônibus em operação ou em construção ao redor do mundo, além de mais de 20 cidades que exploram a possibilidade, a necessidade de facilitar uma rede através da qual as cidades possam compartilhar conhecimento de valor e práticas é clara.
A EMBARQ reconheceu há muito tempo os benefícios das redes e parcerias internacionais para maximizar os benefícios dos sistemas avançados de ônibus. Na edição de março de 2013 da Revista CitiesToday, o diretor da EMBARQ, Holger Dalkmann, e Dario Hidalgo, diretor de Pesquisa e Prática da EMBARQ, discutem os benefícios da construção de uma rede de sistemas avançados de ônibus.
Economizar tempo ao conectar especialistas
“Aprender com experiências de outras cidades”, relata Dalkmann na CitiesToday, “pode cortar pela metade o tempo de planejamento e contribuir para reduzir os custos da mesma forma”. Com o sucesso da implementação de sistemas de BRT (Bus Rapid Transit) em Ahmedabad (Índia), Cidade do México e Guadalajara (México), Istambul (Turquia), e mais, a EMBARQ está construindo um polo de conhecimento de experiência internacional no planejamento e construção de sistemas avançados de ônibus que servem a um número crescente de cidades em fase de planejamento, como Indore (Índia), Arequipa (Peru) e Xangai (China).
A EMBARQ facilita a partilha de conhecimentos entre as cidades, primeiro por e-mail, telefone, reuniões virtuais e apresentações online, e depois evolui para trocas “peer-to-peer” de aprendizagem, reuniões e conferências. As cidades podem ser peças-chave em aspectos de planejamento e desenvolvimento, tais como angariar apoio local para projetos, integração com outros modos de transporte, desenho de estação, aquisição de tecnologia e outros desafios comuns, como espaço limitado para a construção. A EMBARQ, de acordo com Hidalgo, “ajuda a acelerar o processo de planejamento, ao conectar conhecimento a partir de sete países e dezenas de cidades, e isso é importante para os prefeitos do C40 que querem liderar com projetos de transportes sustentáveis de alto impacto”. Desta forma, as cidades podem maximizar o tempo e os recursos investidos nesses projetos.
Melhoria constante através da troca de boas práticas e avaliações de qualidade
Colocar o sistema em operação é apenas o começo, e as cidades mais bem sucedidas estão constantemente procurando maneiras de melhorar seus sistemas de ônibus, projetar vias mais seguras e faixas de pedestres, aumentar a eficiência de combustível, acomodar um número crescente de passageiros, e elevar a qualidade de vida em suas cidades. “As cidades envolvidas na rede de BRT”, acrescenta Dalkmann, “podem aprender os modos de resolução de problemas de outras metrópoles, tais como: como envolver operadores tradicionais de transportes públicos; como unir órgãos gestores, ou como fazer o BRT mais seguro através do design”. O resultado do trabalho em rede neste nível é um conjunto de melhores práticas internacionais e padrões de qualidade que outras cidades podem enxergar como um passo adiante para o desenvolvimento, em vez de apenas um destino. O objetivo final não é o ônibus em si, mas a melhoria na qualidade de vida urbana, ruas mais seguras e qualidade do ar, e um novo nível de mobilidade, disponível para todos os setores da sociedade.
Aproveitar o impacto do transporte sustentável
Trabalhar dentro de uma rede dá às cidades recursos e know-how para maximizar o potencial dos sistemas avançados de ônibus e, em troca, tais tecnologias e soluções de mobilidade sustentável tornam-se não apenas uma solução local, mas também global com um impacto em grande escala.
Acesse aqui a edição de março da Revista CitiesToday, com as entrevistas de Holger Dalkmann e Dario Hidalgo.