Sucesso absoluto entre os recifenses, o projeto das ciclofaixas de turismo e lazer que funciona aos domingos e feriados deve ser ampliado em breve. A Prefeitura do Recife (PCR) confirmou a criação de uma terceira rota da ciclofaixa móvel em julho. Além disso, serão implementadas rotas alternativas com perfil turístico para que os recifenses explorem melhor a própria cidade. A proposta da atual gestão é que, em quatro anos, o programa possa atender todos os bairros da capital que passaria a ter uma malha cicloviária móvel totalmente interligada.
O sinal verde em relação a mais uma rota para os ciclistas foi dado pelo prefeito Geraldo Julio quando fez o balanço dos seus 100 primeiros dias de governo, na última semana. A criação de mais uma rota, além da Sul e da Norte, seria uma resposta à demanda para o uso do equipamento. “Neste momento, a gente quer consolidar essas duas rotas que foram colocadas e fazer os ajustes que forem necessários. Em julho, a gente quer fazer uma terceira rota. É uma felicidade grande ver a adesão das pessoas e a alegria com que elas estão usando esse equipamento. As pessoas estão na cidade, vendo lugares na cidade”, declarou.
Segundo o secretário de Turismo e Lazer, Felipe Carreras, a ideia é aumentar em um terço o percurso da ciclofaixa, que chegaria a cerca de 25 quilômetros, e integrar o maior número de bairros possível. Os critérios que vão definir a nova rota devem se basear na densidade demográfica, ou seja, na quantidade de pessoas que seriam potenciais usuários da ciclofaixa, na segurança que o trajeto oferece para os ciclistas, no impacto que a segregação do trânsito vai causar para a mobilidade das vias envolvidas, na quantidade de pontos turísticos que o percurso oferece e na arborização das ruas. “Estamos fazendo esse estudo junto com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano. Até o fim de maio, deveremos ter isso pronto para ser anunciado em julho”, explicou Carreras.
Entre as áreas que são candidatas a receberem a nova rota está a Zona Oeste da cidade. “Existe a possibilidade total de a Várzea ser atendida pelo projeto, se não agora, num outro momento, já que a intenção é integrar os 96 bairros futuramente”, ventilou o secretário. A estudante Júlia Arruda, 19 anos, mora na Várzea e não vê a hora de poder pedalar pela cidade com a segurança que a ciclofaixa móvel oferece. Hoje, ela usa a bike para fazer pequenos deslocamentos no bairro e para o lazer. “Acho perigoso enfrentar o trânsito até chegar à ciclofaixa, por isso que ainda não participei do projeto, mas vontade não faltou. Se vier para cá, tenho certeza que muita gente vai usá-la”, disse.
Quando a terceira rota for criada, serão oferecidas também rotas alternativas que mudarão de destino a cada domingo ou feriado. A proposta é fazer com que as pessoas conheçam sua própria cidade, explorando seus pontos turísticos.
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