Não custa lembrar que a faixa é não é uma sinalização de segurança, mas também de civilidade. Ela virou um exemplo em Brasília em abril de 1997, meio ano antes de entrar em vigor o novo Código de Trânsito. O governo e meios de informação juntaram-se para proteger o mais desprotegido dos componentes do trânsito, o pedestre, no confronto desigual com o carro.
Para convencer os motoristas, o batalhão de trânsito botou um policial por faixa e aplicou 600 multas em uma semana. Em todo ano passado foram 1,2 mil multas por desrespeito à faixa de pedestre.
Mostrou-se que, pela lei natural e pelo Código de Trânsito, o motorista, por estar protegido por uma armadura de aço, vidro e plástico, é responsável pela segurança de quem está protegido apenas pela roupa do corpo. Foi uma operação de convencimento de que a faixa é do pedestre e é sagrada. O pé na faixa é sinal para o pé no freio.
O brasiliense ficou orgulhoso por ter uma característica de cidade civilizada, de primeiro mundo, de ser exemplo para o Brasil. O exemplo já tem 16 anos e ainda se espera, na maioria das cidades brasileiras, que pedestres atravessem na faixa e motoristas parem na faixa. E que ambos, motoristas e pedestres, saibam a diferença entre a luz vermelha e a luz verde.
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