IPMN avalia respeito entre ciclista, motorista e pedestre

Pesquisa foi realizada durante o lançamento da Ciclofaixa Móvel, no último dia 24, no Recife

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Fonte: Leia Já  |  Autor: Damares Romão  |  Postado em: 03 de abril de 2013

Ciclistas durante passeio no Recife

Ciclistas durante passeio no Recife

créditos: Victor Soares/LeiaJáImagens/Arquivo

 

No domingo, dia 24/03, o Recife ganhou uma Ciclofaixa Móvel e reuniu centenas de ciclistas durante a inauguração. Na ocasião, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) realizou, em parceria com a Secretaria de Turismo do município, um levantamento encomendado pelo Portal LeiaJá.


A Pesquisa “Perfil do Ciclista do Recife – Valores, opinião e demandas” ouviu 360 pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte, sejam no momento de lazer ou para trabalho. Eles responderam questões sobre condições de locomoção, construção de ciclovias e respeito nas ruas.

 

Questionados sobre o relacionamento entre os automóveis e os ciclistas, os entrevistados foram enfáticos: 92,2% responderam que os carros não respeitam as bikes, enquanto apenas 6,7% disseram existir harmonia entre os dois veículos.

 

“Normalmente existe algum tipo de problema nas ruas. Alguns condutores não respeitam os grupos de ciclistas e chegam até a furar o bloqueio que nós criamos por medida de segurança” avaliou Valdir Pinheiro, organizador do grupo Despoluir Bikes.

 

Mesmo sendo motorista, o representante comercial Edson dos Santos, de 40 anos, concorda com Pinheiro. “No geral os carros não respeitam os ciclistas. Mas eu reconheço que precisamos ter consciência de que em cima daquela bicicleta tem uma vida”.

 

Pinheiro também explica que as maiores dificuldades enfrentadas pelos usuários da magrela são, principalmente, com os motoristas de ônibus e táxis. “No caso dos táxis eu acredito que para aumentar a renda os condutores querem ir mais rápido. Já os ônibus, geralmente fora do horário, acabam furando o bloqueio”.

 

O taxista Rui Ricardo, 51, discorda da avaliação. Ele alega que encontra diariamente ciclistas andando de forma irregular nas ruas. “Quando os ciclistas andam corretamente existe respeito, quando eles andam na contramão e desrespeitam as leis, não há boa convivência. Isso ocorre principalmente com as pessoas com pouca escolaridade, que acabam não cumprindo as regras estabelecidas”.

 

Quanto ao respeito dos pedestres para os ciclistas, a pesquisa concluiu que 70,8% disseram não existir, enquanto 26,9% alegam que sim. Neste caso, Pinheiro concorda com a minoria dos entrevistados e garante que normalmente os transeuntes respeitam os usuários das bikes.  “Às vezes quando passamos pelas paradas de ônibus alguns reclamam, pois acham que estamos atrapalhando a passagem dos veículos, mas isso não é sempre”.

 

O levantamento do IPMN também questionou os participantes da pesquisa sobre a convivência dos ciclistas com os automóveis e pedestres. Nos dois casos, a maioria dos entrevistados respondeu que sim, eles respeitam os dois segmentos.

 

Para o organizador do grupo Despoluir Bikes, atualmente existe dois tipos de ciclistas no Recife. Os que andam com equipamentos de segurança, bem sinalizados, na faixa correta e os cidadãos que utilizam a bicicleta diariamente, andam na contramão e não conhecem a legislação. Na visão dele, o primeiro grupo tem respeitado os motoristas e pedestres.

 

“O que acontece é a generalização desses dois tipos de ciclistas. Mas é fácil diferenciar um do outro. Nós estamos sempre bem equipados e sinalizados. Quando estamos no trânsito respeitamos a população no geral”.

 

O cozinheiro Cristovão Tenório, 33, concorda com Pinheiro. “Os que andam em grupo e equipados respeitam os pedestres. Já os outros andam pelas calçadas e ainda acham que estão no direito. Acho que a educação é primordial para acabar com esses problemas”, concluiu.


Confira abaixo os dados da pesquisa:


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