Mulheres são maioria no metrô de São Paulo

Levantamento revela que 58% dos usuários da rede são mulheres; resultado é 4% maior que em 2008

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Fonte: Destak Jornal  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 08 de março de 2013

58% dos usuários da rede são mulheres

58% dos usuários da rede são mulheres

créditos: Divulgação

 

As mulheres representam 58% dos passageiros do metrô, segundo revelou a última pesquisa de "caracterização socioeconômica dos usuários e seus hábitos de viagem" da companhia.

 

O resultado é relativo a 2012, já que o levantamento é realizado a cada dois anos e serve como base para planejamento de bilhetagem, campanhas, oferta de equipamentos operacionais, espaços e outros pontos.

 

A primeira vez em que as mulheres ultrapassaram os homens na utilização do metrô, que funciona em operação comercial desde 1974, foi em 2008. Na época, elas representavam 54% do total de usuários.

 

Quatro anos depois, as mulheres mantiveram o predomínio na utilização, mas o resultado registrado em 2012 é 4% maior (58%).

 

A linha que mais transporta as pessoas do sexo feminino é a 2-Verde. São 63% delas, contra apenas 37% de homens. Em seguida, estão as linhas 1-Azul e 3-Vermelha.

 

Já entre as estações, a mais "feminina" é a Clínicas, com 71%; seguida de Paraíso (70%), São Joaquim (70%), Consolação (67%), Marechal Deodoro (66%), Vila Mariana (65%), e Largo Treze, Belém, Vila Prudente e Brigadeiro, todas com 63%.

 

De acordo com o Metrô, a explicação para esta maioria é a de que nas regiões destas estações predominam setores de serviços e comércio da cidade, segmentos onde há mais pessoas do gênero feminino empregadas.

 

Um levantamento feito pelo Hospital das Clínicas mostrou que 65% das mulheres que procuram o ambulatório se queixam de falta de libido.

 

Por mês, o hospital registra entre 150 e 200 pacientes no ambulatório, antes de encaminhá-los para outras unidades de saúde.

 

Deste total, além dos 65% que reclamam da falta de libido, 23% sofrem de anorgasmia (ausência de orgasmo) e 13% se queixam de vaginismo (contração involuntária de músculos próximos da vagina).

 

Segundo a sexóloga do HC, Elsa Gay, os problemas ocorrem em pacientes de todas as idades e classes sociais. "São mulheres que procuram a clínica em busca de um medicamento, uma fórmula mágica para o problema", afirma.

 

Na maioria dos casos, o desinteresse pela vida sexual está ligado a fatores emocionais - como a monotonia conjugal. O problema pode acontecer já no segundo ano de casamento.

 

No ambulatório do hospital, as mulheres são submetidas à terapia em grupo e o tratamento leva oito semanas. Durante este tempo, elas aprendem a investir no relacionamento e a trabalhar a sexualidade.

 

O número de mulheres que trabalham na região metropolitana de São Paulo subiu para 56,1% no ano passado - ante 55,4% em 2011, segundo uma pesquisa da Fundação Seade com o Dieese.

 

No caso dos homens, o resultado passou de 71,3% em 2011 para 71,5% em 2012.

 

Além disso, a taxa de desemprego total entre as mulheres na região ficou estável em 12,5%, mesmo após oito anos de redução consecutivos.

 

De acordo com o Dieese, a estabilidade do desemprego se deve ao fato de o número de postos de trabalho criado ser equivalente ao número de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho no mesmo período. Entre elas, cresceu o número de ocupações, especialmente em serviços.

 

Para o sexo masculino, a taxa de desemprego subiu, passando de 8,6% em 2011 para 9,4% no ano passado.

 

A secretária de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, assumiu a pasta com o objetivo de diminuir a violência e o assédio sexual contra mulheres.

 

De acordo com "O Estado de S. Paulo", ela quer criar uma política de prevenção ao assédio dentro de transportes coletivos, por vezes superlotados.

 

Denise disse que o problema é "gravíssimo" e pretende se reunir com o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto.

 

Em 2012, ao menos duas mulheres foram estupradas dentro do metrô na capital.

 

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