Aberta há quase três anos, a Linha 4-Amarela, que vai da Luz ao Butantã, continua influenciando e redesenhando o mapa de circulação de passageiros no Metrô de São Paulo. No ano passado, ela fez com que a demanda nas Linhas 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente) e 5-Lilás (Largo 13-Capão Redondo) crescesse acima da média da rede - que transportou 1% mais pessoas do que em 2011. Os dois ramais, que fazem conexão com a Linha 4, passaram a receber, respectivamente, 11% e 19% mais passageiros. Com mais gente, aumentou o desconforto.
A Linha 3-Vermelha (Barra Funda-Itaquera), que historicamente enfrenta os maiores problemas de superlotação, sofreu um processo inverso e perdeu usuários, assim como a 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), que deixou de ser a mais cheia de todas - o posto foi assumido pela Linha 3.
Segundo a Companhia do Metropolitano, o fato de quatro estações da Linha 4 - Butantã e Pinheiros, na zona oeste, e República e Luz, no centro - terem sido inauguradas ao longo de 2011, no ano seguinte à entrega parcial da linha, ajuda a explicar a influência sobre os outros ramais. A expansão "trouxe novos usuários de regiões que antes não eram atendidas por esse tipo de transporte". Outro impacto foi a abertura em tempo integral da Linha 4, ocorrida a partir de outubro de 2011.
A sensação de parte dos passageiros de duas das principais estações de integração da Linha 4, a Paulista e a Pinheiros, é a de que elas estão se tornando tão apertadas quanto a Estação Sé no rush da tarde. "Estão virando pequenas 'Sé' porque o Metrô, infelizmente, não tem crescido no ritmo que deveria", diz a contabilista Sandra Seminamis, de 57 anos.
O Metrô nega que as estações estejam enfrentando esse cenário. De acordo com a empresa, um novo sistema de controle dos trens, chamado de CBTC, passará a funcionar nas Linhas 1, 2 e 3 ainda neste semestre, reduzindo os intervalos dos trens.
Prevista para 2015, a expansão da Linha 5-Lilás até a Estação Chácara Klabin, na zona sul, deverá dar uma "melhor distribuição das Estações Pinheiros e Paulista", afirma o Metrô. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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