A Avenida T-63, uma das mais movimentadas de Goiânia, está passando por uma recapagem na pista e terá corredores exclusivos para ônibus. A prefeitura começará no próximo mês a implantação das sinalizações vertical (placas) e horizontal (faixas). A data para começar as mudanças ainda não foi definida, mas o anúncio oficial está previsto para o próximo dia 4.
Apesar do intenso movimento, o trânsito na via não é tão congestionado. Mesmo assim, um teste feito pela Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) constatou que a velocidade média dos ônibus não passou de 30 km/h. Por causa dessa lentidão em alguns trechos, a prefeitura decidiu fazer o corredor com faixa exclusiva.
O corredor terá características do modelo implantando na Avenida Universitária, no centro da capital, mas não deverá ser igual. Uma das diferenças é o tipo de ciclovia que pode vir a integrar o sistema. A prefeitura avalia a possibilidade de usar a faixa de ônibus como ciclovia aos domingos.
O ciclista Paulo Henrique de Jesus lamenta a possibilidade de a ciclovia não ser construída e acredita que já que o objetivo é diminuir o número de carros na avenida a bicicleta seria uma boa opção. “Sem ciclovia, para os ciclistas, dificulta bastante porque nesse horário muitas vezes é preciso transitar sobre as calçadas”, diz.
Para os comerciantes, há outro problema. A permissão para os carros estacionados está com os dias contados. A faixa vai ser para o fluxo exclusivo dos ônibus. A gerente de vendas Marizeth Alves prevê uma perda considerável de clientes. “Os clientes reclamam porque não têm onde estacionar. Às vezes, têm de deixar o carro longe e andar um pouco. Vai ficar complicado”, alega.
Além disso, o projeto inclui também a instalação de radares. Mas ainda não está definido se o sistema vai ser igual ao do corredor universitário, que monitora a velocidade dos veículos e multa os motoristas que invadem a faixa de ônibus. Para o superintendente de Desenvolvimento Urbano, Antenor Pinheiro, o corredor da Avenida T-63 é uma alternativa interessante.
“Investir em ciclovias e corredores preferenciais é investir em uma melhor mobilidade, melhor segurança e uma maior harmonização do sistema viário, no que se refere ao deslocamento das pessoas e das mercadorias”, afirma Antenor Pinheiro.
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