Utilizando material reciclado e em perfeita harmonia com a vegetação natural do local, a experiência está sendo aplicada na rua Coleta Ferraz de Castro, no trecho entre a avenida 9 de Julho e a região alta do Anhangabaú.
A encosta que existe num trecho de cerca de 200 metros não foi empecilho para a construção da calçada, que teve a alvenaria substituída por um processo praticamente artesanal, com a utilização de antigos postes de madeira e cruzetas.
O resultado, além da solução encontrada, emprestou um visual diferente à avenida, localizada próxima ao JundiaíShopping e local de grande fluxo de pessoas e veículos. Quem passa por ali não deixa de notar a beleza do trabalho, embora contraste com os padrões de calçada da cidade.
Trabalho feito por Serviços Públicos é praticamente artesanal
O diretor da Unidade de Serviço Centro, Leandro Galli, é quem teve a primeira ideia de aplicar uma solução para o local, baseado no que conheceu em uma região da capital paulista, com as mesmas características da rua jundiaiense.
“Não tínhamos como construir a calçada sem causar danos às árvores, a maioria centenária, com raízes que não podem ser eliminadas”, explica Leandro.
Nesse caso, a calçada suspensa, feita em madeira reaproveitada, encaixou-se perfeitamente no projeto. “A intenção era fazer o elevado apenas no entorno das raízes, mas acabamos descobrindo que a extensão toda ficaria bem no formato escolhido”, conta o diretor.
Para o secretário de Serviços Públicos, Aguinaldo Leite, essa obra está servindo de modelo para solução de problemas idênticos em outras regiões da cidade. Além do que, como ele ressalta, o custo é bem menor em relação ao pavimento de concreto. “Temos bastante material estocado e a mão de obra é toda da prefeitura, o que faz diminuir em muito as despesas com essa obra”, explica.
Paisagismo
Mas a calçada não será a única mudança que a população irá notar naquele trecho da rua. Aguinaldo informou que será feito o paisagismo da encosta, com utilização de vegetação que ajude a conter a erosão e que possa oferecer também um visual mais agradável. “Vamos acrescentar algumas plantas ornamentais, além de promover uma limpeza em toda extensão da rua, que foi tomada pelo mato nos últimos meses”, conta o secretário.
Para finalizar, por ser elevada, a calçada ainda receberá o guarda-corpo, que também será feito em madeira reaproveitada.
O secretário Aguinaldo Leite, na visita que fez à obra nesta semana, pediu que o ponto de ônibus existente no local tenha o mesmo padrão, ou seja, terá na sua estrutura o mesmo material utilizado na calçada. A obra, segundo ele, deve durar cerca de 30 dias.
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