Os terminais leste e oeste do projeto de Mobilidade Urbana em Uberaba, que tinha a previsão de começar a operar em dezembro do ano passado, devem começar a funcionar a partir da metade deste ano. A afirmação é da Secretaria de Infraestrutura do município que tem encontrado dificuldades para a conclusão das obras. Além disso, os trabalhos estão causando transtornos para os motoristas da cidade.
Segundo o secretário de Infraestrutura, José Donizete Melo, a rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também está entre um dos complicadores das obras, pois não foi retirada. “Tem que cumprir esta demanda em um prazo de 90 a 120 dias com a Cemig. Nós estamos com esse prazo em curso, mas enquanto ela não fizer a remoção da rede, que está no meio da obra, não é possível colocar a estrutura metálica”, disse o secretário.
O projeto prevê ainda estações ao longo da Avenida Leopoldino de Oliveira. Das doze, três estão em fase de licitação e ainda não foram compradas. A instalação das que chegaram também não foi concluída e algumas delas foram depredadas.
No terminal oeste, o problema seria a chuva que não deixou o solo se firmar, mas, de acordo com o secretário, o trabalho não depende só da engenharia. “Se fosse só a engenharia de três a quatro meses seria possível terminar. Mas depende de terceiros, como a Cemig e outras remoções. Eu acredito que isso vai se prorrogar até o mês de junho”, salientou.
Do outro lado
No terminal leste, desde o começo das obras, os motoristas reclamam que falta sinalização no trecho da Avenida Nilza Maques Guaritá que teve uma mão interditada. “Eu mesmo quase bati com o carro. Está impossível de passar por aqui”, reclamou o pedreiro Murilo Souza. Os motoristas que passam pela Rua Tulipas reclamam que precisam esperar até conseguir entrar na avenida e pela contramão. “Isso não funciona, pois, tem dia que você fica meia hora para sair do bairro”, disse o motorista José Antônio.
Segundo o secretário, os motoristas devem ter mais atenção, no entanto, garantiu que o local será estudado. “A partir do momento que a gente liberou a outra pista ficou caracterizado para os motoristas que o local está seguro para tráfego. Nós temos três postes em uma região de perigo e pode fazer o usuário entender que está fácil de circular e gera mais acidentes. Entretanto, de qualquer forma, vamos pedir um novo estudo do departamento de trânsito”, concluiu.
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