As obras da ciclovia nas avenidas Pedroso de Moraes e Professor Fonseca Rodrigues devem ser finalizadas até o final do ano. Os trabalhos tiveram início em junho, mas acabaram paralisados em agosto, o que gerou queixas no Alto de Pinheiros. O motivo da bronca de moradores do bairro é que durante o período em que o projeto não avançou, os canteiros centrais das vias proporcionavam risco a pedestres e ciclistas, devido ao acúmulo de entulho e a falta de sinalização.
“A obra desandou, foi paralisada e os canteiros abandonados. Permaneceram na avenida, antes arrumada, montes de entulho que começaram a servir como núcleos para o depósito de lixo”, afirma o gestor de investimentos Sérgio Fontana dos Reis, colaborador da Associação dos Amigos de Alto de Pinheiros (Saap).
Trecho em obras na Fonseca Rodrigues / FR
De acordo com a entidade, a Subprefeitura de Pinheiros alegou que a continuidade da obra dependia da liberação de recursos. Em agosto, a regional ainda afirmou aos moradores e à imprensa de que os trabalhos nas avenidas consistiam na implantação de um passeio público, em virtude da intensa circulação de pedestres nos trajetos com terra batida. Depois, informou que a estrutura de cimento seria readequada em uma ciclovia.
Procurada pela Gazeta de Pinheiros - Grupo 1 de Jornais, a subprefeitura confirmou o motivo da paralisação e a mudança no projeto para ciclovia, além de estabelecer o prazo de entrega da obra para o final deste ano. Na implantação do ramal de bicicletas na Pedroso de Moraes foram investidos R$ 634.876,52 e na Fonseca Rodrigues, R$ 1.199.036,69.
Para cicloativistas, ausência de sinalização põe usuários em risco / TF
Sinalização
Apesar da retomada dos trabalhos nas avenidas do Alto de Pinheiros, a sinalização horizontal, vertical e semafórica será instalada apenas em 2013, sem uma previsão exata. Para o cicloativista da ONG Vá de Bike, Willian Cruz, quem anda de bicicleta pela região, seja como opção de transporte ou lazer, poderá estar em risco caso utilize a ciclovia sem as orientações viárias.
“É claro que mesmo sem a sinalização instalada as pessoas utilizarão o espaço. Há trechos dos canteiros onde há cruzamentos e retorno para carros que podem ser perigosos, pois o motorista não terá como saber que ali há uma passagem para bicicleta”. Segundo ele, seriam necessárias indicações no asfalto para alertar quem está ao volante. “Placas, áreas de contenção na avenida e demarcações em vermelho como as da Ciclofaixa de Lazer são essenciais para garantir a segurança do ciclista, que tem preferência no trânsito”, afirma Willian Cruz.
Faria Lima
O projeto da ciclovia na Pedroso de Moraes e Fonseca Rodrigues prevê ligação com o ramal da Avenida Brigadeiro Faria Lima, que teve seu primeiro trecho inaugurado em 1996, hoje obstruído por pontos de ônibus. Em 2005, com o início das obras da Linha 4 - Amarela do Metrô, as paradas dos coletivos precisaram ser retiradas provisoriamente do Largo da Batata. No entanto, os abrigos de passageiros ainda permanecem no local adaptado.
Ciclovia na Faria Lima tem trajetos obstruídos por pontos de ônibus / DG
Quando o futuro terminal na Rua Capri for concluído, os pontos de ônibus do Largo da Batata serão deslocados do trajeto ocupado da ciclovia, que terá conexão ao que está praticamente concluído entre a Avenida Cidade Jardim e a Rua dos Pinheiros.
Segundo a subprefeitura, as obras na Faria Lima têm investimento de R$ 10 milhões, contemplando também acessibilidade e padronização das calçadas. A regional também informa que o trajeto da Cidade Jardim até a Avenida Rebouças foi entregue em setembro e que o prolongamento até a Rua dos Pinheiros deve ser finalizado até o final desta semana. A ciclovia ligará a Estação Faria Lima do Metrô ao restante da avenida.
Mais fotos:
Projeto de passeio no canteiro central foi adaptado para receber ciclovia / FR
Trecho da Avenida Pedroso de Moraes / FR
Trajeto de ciclovia na Faria Lima, entre Rebouças e Rua dos Pinheiros / FR
Ciclovia na Faria Lima praticamente concluída / FR
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