Um deles é acadêmico e estagiário de Educação Física, Diógenes Hélder Lopes, de 21 anos. Ele mora próximo ao terminal Júlio de Castilho, no Jardim Panamá, e trabalha no bairro Monte Líbano.
Diógenes conta que usa a pista há duas semanas, e concluiu que ela não foi projetada para os ciclistas. “A ciclovia foi feita apenas para enfeitar a cidade”, reclama.
O jovem diz que as curvas e a falta de espaço apropriado para descer da pista, atravessar as ruas e avenidas atrapalham quem passa pelo local. Diógenes também afirma que na primeira semana, por causa desses obstáculos, machucou as costas, gerando desconforto.
Outra usuária da ciclovia que reclama é a doméstica Vera Lúcia da Silva, de 38 anos. Ela usa a bicicleta como meio de transporte há dois anos, saindo do bairro Nova Campo Grande, onde mora, e indo até a região do Shopping Campo Grande, onde trabalha.
Ela explica que a ciclovia facilitou a locomoção, mas ainda assim, vê problemas no traçado da pista e da falta de locais apropriados para atravessar as vias movimentadas.
Vera Lúcia também conta que há problemas na pista nas proximidades do camelódromo. “Ali em frente tem uma falha no chão, e também falta uma passarela na Ernesto Geisel”, afirma a doméstica, que é obrigada a sair do traçado da pista para seguir o trajeto.
Vários problemas foram apontados pela doméstica Vera Lúcia, como a difícil
travessia na avenida Pres. Ernesto Geisel, e a sinalização confusa no cruzamento
das avenidas Lúdio Coelho e Duque de Caxias. (Foto: Luciano Muta)
Outro ponto da ciclovia que gera reclamação de Vera fica no cruzamento das avenidas Duque de Caxias e Prefeito Lúdio Coelho. Ela diz que a sinalização é falha. “Precisa ser revisto o sinal ali. A gente não consegue atravessar”.
Já o vice-presidente da Federação de Mato Grosso do Sul de Ciclismo (FMSC), Marco Antonio Pereira de Souza, acredita que a ideia de construir a ciclovia na principal avenida da Capital é excelente.
A princípio, ele disse estar satisfeito com a ciclovia, mas acredita que há pontos que devem ser melhorados, como o traçado. “O ideal é que fosse reta a pista. Mas já que construiu, tem que ser usada e melhorada”, declarou Marco Antônio.
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