Os jornais de São José do Rio Preto registraram com euforia contida, na terça-feira passada, o ranking do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que colocou o município como a segunda melhor cidade do país em Emprego & Renda, Educação e Saúde. Os dados são de dois anos atrás (2010) com base em estatísticas divulgadas pelo governo federal.
A lista das dez melhores cidades do país segundo o IFDM são Indaiatuba, São José do Rio Preto, Itatiaia, Amparo, Barueri, Ribeirão Preto, Marília, Louveira, Jundiaí e Paulínia - todas do Estado de São Paulo, entre 5.565 municípios brasileiros.
E a pergunta que fica no ar é como São José do Rio Preto (415 mil habitantes) ficou quatro posições à frente de Ribeirão Preto (620 mil), a sexta colocada.
Nos três quesitos analisados pelo Índice Firjan, Rio Preto, tida como a capital do Noroeste paulista, superou Ribeirão em dois deles: Educação e Saúde. E perdeu naquele que pode ser considerado o mais importante -Emprego e Renda - que garante maior circulação de dinheiro.
Em Saúde, Rio Preto foi a 230ª no ranking nacional e a 23ª no ranking estadual, apesar de ter registrado 24,6 mil casos de dengue e 12 mortes em 2010. Ribeirão foi a 538ª nacional e a 91ª no Estado.
Na Educação, Rio Preto obteve a 60ª colocação nos dois níveis - nacional e estadual - enquanto Ribeirão ficou em 252º lugar no ranking nacional e 231ª no Estado. Em Emprego e Renda, Ribeirão obteve a 11ª colocação no país e a terceira no Estado; e Rio Preto foi a 40ª no país e 17ª no Estado.
Das 5.565 cidades do Brasil, 2.055 ascenderam à condição de desenvolvimento moderado a alto.
Contrastes das duas ciclovias nas cidades
Se na fotografia as ciclovias têm muitas diferenças, a concepção das obras tem pontos em comum.
Rio Preto tem 4,8 quilômetros de ciclovia, em dois trechos distintos e entregues este ano. Em fevereiro, foi inaugurada a ciclovia de 2,8 km, na margem do lago três da represa municipal, região Central. A segunda, na avenida Philadelho Gouvea Neto, foi liberada algumas semanas antes das eleições.
Em Ribeirão Preto, além da ciclofaixa que funciona aos domingos, na avenida Maurílio Biagi, existe a ciclovia perene, na Via Norte, de 5,5 quilômetros.
A obra, já concluída, foi entregue aos poucos. A manutenção, na ciclovia da Via Norte, é feita pela Infraestrutura e coordenadoria de limpeza da Prefeitura.
Leitos dispostos em círculo, num prédio impecável
São três horas da tarde de quarta-feira, em São José do Rio Preto. O calor incomoda. Visito a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) João Paulo II, no bairro de Jaguaré, onde são atendidos casos de emergência. O hospital mudou-se recentemente para o prédio amplo. Penso num lugar em ebulição. Ao entrar, não acredito no que vejo. Nem 20 das 60 cadeiras de espera estão ocupadas. Assim mesmo, são familiares de pacientes que estão sendo assistidos.
A novidade da UPA, com aparelhos novos e nenhuma correria, é a grande sala coletiva de leitos. São dezoito, para crianças e adultos, dispostos em torno de uma ilha, onde ficam médicos e enfermeiros. Para o paciente, fica a sensação de que está sendo observado o tempo todo.
O procedimento não é diferente no Ambulatório da Saúde da Mulher, na avenida Philadelpho Gouvea Neto. Juliana Tunatti, 24 anos, acompanhava a mãe e disse que tudo tinha sido muito rápido e eficiente. O ambulatório, enorme, bem aparelhado, estava praticamente vazio. A informação é de que o local nunca sofre com o excesso de atendimento.
Rio Preto, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, tem hoje o mesmo número de hospitais de 2011. A diferença é que as unidades foram transferidas para locais recentemente construídos. São 25 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), 5 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), 5 ambulatórios especializados e 5 Centros de Atenção Psicossocial.
Hospitais
O Hospital de Base (gestão estadual) é o mais movimentado. Faz todos os tipos de transplante, exceto pulmão. São 40 especialidades médicas e 40 mil atendimentos/mês. Existem ainda a Santa Casa de Misericórdia (o mais antigo da cidade), o Lelar (de gestão municipal) e o Psiquiátrico Bezerra de Menezes, com 50 anos de existência.
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