Até o dia 7 de dezembro próximo, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos da Paraíba (CBTU-PB) deve assinar ordem de serviço para instalação de oito Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) em João Pessoa.
A informação foi dada ontem (7) pelo superintendente da companhia, Lucélio Cartaxo que afirmou ainda que, após isso, a empresa vencedora da licitação deve começar imediatamente os trabalhos.
Deste modo, o novo sistema de transporte deverá estar implantado na capital paraibana em 18 meses, a tempo para a Copa do Mundo de 2014.
A instalação demandará investimento de aproximadamente R$ 72 milhões. As primeiras unidades chegarão até junho do ano que vem. As demais chegarão a cada seis meses. No ano que vem, a CBTU também vai reformar todas as 12 estações para receber os novos veículos.
A expectativa é que o VLT vá diminuir o tempo tanto de espera quanto de viagem, em relação ao sistema atual, disse Cartaxo. A espera para embarque no trem que vai de Santa Rita a Cabedelo, que hoje é de 50 minutos, deve cair para 15 minutos; e a velocidade desse percurso deverá aumentar em 20%.
Licitação
O processo de licitação para a implantação dos VLTs foi concluído no última dia 31, na sede da CBTU, no Rio de Janeiro. A empresa escolhida foi a cearense Bom Sinal Indústria e Comércio Ltda. Além dos oito trens na capital paraibana, a empresa também fará a implantação de 12 VLTs em Natal (RN). Para implantação dos 20 projetos nos dois estados, a Bom Sinal ofereceu a menor proposta de preço, R$ 182.031.342,57. A implantação será feita com recursos do Ministério das Cidades dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-Equipamentos).
De acordo com o diretor da CBTU, assim que chegar o primeiro trem, o funcionamento será imediato, porque a estrutura que já existe nos 30 km de linhas na região metropolitana de João Pessoa já foi adaptada para receber os novos veículos. “Nós nos antecipamos e fizemos a troca de todos os dormentos de madeira pelos de concreto. Por isso, quando chegarem os primeiros veículos, não precisaremos perder tempo com a adaptação das linhas”, informou.
O contrato terá duração de 45 meses, sendo 32 deles para a fabricação e fornecimento dos VLTs e os meses restantes para a prestação dos serviços de garantia e assistência técnica. Cada VLT será composto por três carros, sendo dois carros motores com cabine (CMC) - que ficarão em cada uma das extremidades - e um carro reboque (CR) que ficará entre os dois anteriores.
Tração diesel-hidráulica
Os trens serão movidos a tração diesel-hidráulica ou diesel-elétrica, em bitola métrica. Os carros serão fabricados em caixa de alumínio, tração nas extremidades, com climatização, reserva de espaços para portadores de necessidades especiais com sinalização de acordo com a legislação, sistema sonoro interno, cadeiras acolchoadas e piso antiderrapante.
Os novos trens terão comprimento aproximado de 180 m, largura de 2,8 m e altura de 4 m. A capacidade total é de 600 passageiros, com o mínimo de 25% sentados, e a velocidade máxima operacional é de 80 km/hora.