A Secretaria da Região Metropolitana realizou na manhã da última quinta-feira (1) audiência pública para discutir a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Goiânia. O cronograma do projeto indica a abertura da licitação (internacional) em novembro e o início das obras em janeiro de 2013. Os recursos utilizados para a implantação do VLT estão estimados em R$ 1 bilhão.
De acordo com o secretário da Região Metropolitana, Silvio Sousa, o VLT é o “bonde da modernidade” e consiste na implantação de 30 trens com dois carros por trem e capacidade de acolher seis passageiros por metro quadrado. Em velocidade comercial, o VLT atinge os 23,5 km/hora, o dobro do ônibus biarticulado do Eixo Anhanguera.
O evento contou com a participação da presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente, Maísa Toledo, arquitetos, engenheiros, advogados, empresários e sociedade em geral.
Para o funcionamento do VLT, o projeto inclui também a construção de 12 estações (paradas) e cinco terminais de integração. “O VLT fará o mesmo trajeto do Eixo Anhanguera, ligando o Terminal Padre Pelágio ao Jardim Novo Mundo, totalizando 13,6 km. Mas, dentre as inúmeras vantagens, está o fato de que os ônibus do Eixo Anhanguera fazem esse trajeto em 72 minutos, quando o VLT consegue fazê-lo em 36 minutos”, esclareceu Silvio Sousa.
O projeto também inclui a elaboração de um controle inteligente de semáforos, permitindo que o VLT tenha o próprio controle de paradas, o que diminui o tempo por quilômetro rodado entre uma estação e outra. “Nessa quantidade de 30 trens e com a velocidade calculada, o tempo de espera entre um e outro, nas estações, é de 3 minutos”, detalhou Silvo Sousa.
Atualmente, o Eixo Anhanguera atende mais de 240 mil passageiros por dia. Somado aos outros ônibus de Goiânia, que são 1478, o transporte público da capital goiana desloca 20 milhões de passageiros por mês. Justificando a implantação do novo transporte, o secretário diz que “mesmo tendo uma das tarifas mais em conta do País, já que com R$ 2,70 você pode andar por toda região metropolitana de Goiânia, com uma única tarifa, o transporte público aqui já não consegue mais atender a demanda com qualidade”.
Para menores transtornos durante as obras de instalação, o projeto prevê a reforma dividida em módulos. “Nós revitalizaremos por módulo. Enquanto ele estiver em obras, vamos desviar o fluxo. E assim por diante. Até terminarmos tudo em dois anos, tempo de transtorno que deve ser irrelevante se comparado aos 60 anos de benefícios com o novo transporte público”, concluiu o secretário.
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