Orçado em R$ 3,1 bilhões, com a equação financeira praticamente montada e os projetos contratados, o metrô da linha Leste de Fortaleza - que irá interligar o Centro ao Bairro Edson Queiroz - deve encerrar a atual administração estadual, em 2014, com, pelo menos, um terço das obras concluídas. A projeção é do secretário Estadual de Infraestrutura (Seinfra), Adail Fontenele, que esteve ontem, no Ministério das Cidades, em Brasília, tratando dos detalhes burocráticos para finalização do projeto e encaminhamento à Caixa Econômica Federal - um dos bancos financiadores da obra.
"Neste governo devemos fazer, pelo menos, um terço da obra, a equação financeira está montada e o projeto todo contratado, já estamos adquirindo as tuneladoras, que estão sendo construídas nos Estados Unidos. As duas primeiras devem chegar entre junho e julho de 2013", antecipou Fontenele. "Elas serão montadas e devem começar a operar entre julho e agosto", acrescenta o secretário.
Fontenele ressalta, porém, que "esta é uma obra que o futuro governo terá de dar continuidade", e que pode, inclusive, ser expandida, posteriormente.
" Podermos alcançar, no futuro, Messejana, fazer uma volta completa, e retornando pelo anel central da BR - 116, até o Centro", projetou o secretário. A primeira etapa, no entanto, só deverá estar pronta em 2016. São 13 quilômetros de linha férrea dupla, sob túneis de 20 a 30 metros abaixo da superfície, ao longo da avenida Santos Dumont e 12 estações.
"Este é um investimento muito importante à mobilidade urbana de Fortaleza. Vai do Centro à área comercial da Aldeota, passa pelo polo de integração do VLT, no Papicu, pelo Centro de Eventos e chega ao fórum (Clóvis Beviláqua", defende o executivo.
Estradas
O secretário disse ainda, que tratou em Brasília de um financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da ordem de US$ 600 milhões, ou cerca de R$ 1,2 bilhão. Os recursos se destinam a projetos de abertura e recuperação de estradas, com estrutura, geometria e pavimentação reforçadas, para suportar o trânsito de grandes carretas, para o transporte cargas pesadas.
"As estradas estaduais têm hoje limitações de curso e de peso de carga, para caminhões de carga pesada. Como o Dnit não consegue dar condição de tráfego às estadas Federais, os caminhões passaram a trafegar nas estaduais", justifica Fontenele. Este também é um projeto para os próximos cinco anos.
Premium II
Ainda em Brasília, o secretário participou no Ministério do Planejamento, de reunião com representantes da Funai, da Casa Civil da Presidência da República e da Procuradoria Geral do Estado (PGE-CE), para definição da reserva indígena dos Anacés, em Caucaia. A aceitação pela Funai de um terreno de 725 hectares, apontado pela Seinfra para assentamento de 170 famílias Anacés, é uma condição para que a Fundação libere a área, para que a Semace conceda a licença de instalação das primeiras obras de cercamento, supressão vegetal e terraplenagem da área administrativa da refinaria de petróleo Premium II, da Petrobras, em São Gonçalo do Amarante. Até o fim desta edição a reportagem tentou obter informações do resultada reunião sem sucesso.
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