Rio quer triplicar uso de trem, metrô e BRT

Meta até 2016 é elevar de 18% para 63% utilização de transporte de massa

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Fonte: O Globo  |  Autor: Fábio Vasconcellos e Selma Schmidt  |  Postado em: 29 de outubro de 2012

Rio de Janeiro está alcançando o trânsito de São P

Rio de Janeiro está alcançando o trânsito de São Paulo

créditos: Divulgação

 

A possibilidade de o Rio chegar a 2017 com uma proporção de 424 veículos por quilômetro de via disponível deverá ser reduzida nos próximos anos, segundo cálculos da prefeitura. A entrada de novos carros em circulação pode tornar a situação semelhante ao que acontece hoje na congestionada cidade de São Paulo. Para reduzir esse risco, o município e o governo do estado trabalham com a meta de ampliar, até 2016, de 18% (1,1 milhão) para 63% (3,8 milhões) o percentual de viagens diárias por meio de transporte de alta capacidade (BRT, metrô e trem).

 

— O trânsito do Rio está ruim? Está, mas não está como São Paulo, e não deverá ficar como lá porque estamos investindo pesado em transporte de alta capacidade que deve atrair muitos usuários — diz o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.

 

Entre as obras previstas ou em andamento, o secretário cita a ampliação da oferta no sistema sobre trilhos (mais trens e a nova Linha 4 do metrô), de responsabilidade do governo do estado, e a implantação dos 4 corredores exclusivos para ônibus, os BRTs (Transoeste, já em operação; Transcarioca e Transolímpico, ambos em obras; e Transbrasil, a ser licitado). No total, serão 150km de BRT que deverão transportar juntos cerca de 1,3 milhão de passageiros por dia.

 

A aposta no sistema de alta capacidade não impede que o município tome, no futuro, outras medidas para reduzir os congestionamentos. O prefeito Eduardo Paes não descarta, por exemplo, a adoção do rodízio de placas, como é feito em São Paulo. Ele garante, no entanto, que não adotará essa medida até que se observe o impacto dos novos sistemas. Mas há a possibilidade de que alguma medida seja aplicada durante os Jogos Olímpicos.

 

— O rodízio e o pedágio pressupõem que você tenha uma alternativa. Mas, em algum momento, alguém vai ter que fazer. Pode ser que seja eu; pode ser que seja o meu sucessor. Tudo isso está dentro de um contexto. Hoje não dá para chegar para o carioca e dizer: vou implantar pedágio ou rodízio e você vai de “buzum” para o Centro para trabalhar, porque é um horror. Não farei isso agora. Temos que ter o sistema funcionando para ver qual será a reação. Se você tiver as pessoas aderindo ao transporte de alta capacidade tranquilamente, não precisa forçar o rodízio. Se não tiver essa adesão, precisa forçar.

 

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